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Acho que já aqui tinha escrito sobre a maravilhosa escola que os meus filhos frequentam. Vasculhei a maior parte dos estabelecimentos de ensino das redondezas e quando descobri este fiquei apaixonada, fez-me lembrar a escola dos desenhos animados do Sid Ciência.
De vez em quando os psicólogos e professores organizam sessões de formação para os pais, às quais tento nunca faltar. Na última, o tema abordado foi "o hábito de ser positivo" onde se falou na importância de valorizar os aspectos positivos. O formador, um psicólogo novinho, muito boa onda que costuma jogar futebol com os miúdos, aconselhou a leitura de um livro, que eu fui a correr comprar e é absolutamente delicioso. Chama-se O Ponto.
Uma escola que tem como base estes 8 hábitos, não se limita a despejar o currículo escolar; preocupa-se em criar crianças felizes:
Somos positivos, vemos o que já atingimos e congratulamo-nos com o lado bom da vida.
Procuramos soluções de forma criativa para os problemas que nos surgem.
Cuidamos de nós, dos outros e de tudo o que nos rodeia.
Entreajudamo-nos porque somos mais fortes.
Diferenciamos e aceitamos o que cada um é.
Lideramos as nossas vidas rumo às metas que estabelecemos.
Aprendemos a fazer, com as mãos na massa.
Planeamos o que e como fazer, fazemos e depois revemos num processo constante de intenção, acção, reflexão e aprendizagem.
Conversa de elevador com uma colega que conheço mal:
Eu: Então quantos filhos tem?
Ela: Tenho dois, um casalinho. E a Patrícia?
Eu: Eu tenho dois rapazolas.
Ela: Tem de tentar a menina, olhe que é diferente.
E eu, que já tinha arrumado o assunto da minha cabeça, comecei a pensar... e se?
Estou passada com as bloggers freelancers que vão postando fotografias suas de pés na areia demonstrando como são donas do seu tempo.
Eu sofro tanto TANTO com a gestão do meu tempo.
Passo o dia a fazer checked na minha lista mental de afazeres que nunca tem fim. É raro conseguir ir buscar os meus filhos à escola e não imaginam o quanto isso me deixa desgostosa. Acabo por saber o que se vai passando (o meu filho nunca me conta NADA) quando falo ao telefone com uma das mães com quem me dou relativamente bem "não sabes o que aconteceu esta semana?" e eu respondo, a medo, com aquele sentimento de culpa de mãe desnaturada "não, o que foi?".
Sou stressada com o cumprimento dos horários, pois sou (e acho que saio ao meu pai) e isso boicota-me qualquer tentativa de manter alguma tranquilidade em casa.
É por isto que pensei e pensei e pensei e tomei uma decisão: pedi aos recursos humanos do local onde trabalho para reduzir o horário em 2h/dia e claro que o ordenado será ajustado proporcionalmente. Estou em pulgas para saber o desfecho. Para já, sei que o meu chefe (porreiro!!) não se opôs (deve querer ver-me pelas costas).
Espero que, em breve, seja a minha vez de postar fotos de pezinhos na areia... e como são bonitos os meus pezinhos :-)
No Sábado passado, na fila do café no Parque da Serafina:
Eu: Francisco, vai perguntar se há gelados.
Francisco afasta-se, dirige-se ao balcão e regressa sem abrir a boca.
Eu: Então? Não perguntaste se há gelados?
Francisco: Não, tenho uma doença que se chama vergonha.
(A doença deve ser hereditária. Soubesse ele o quanto esta doença me prejudica no trabalho)
... estar entusiasmada com a perspectiva de ir (SOZINHA) de comboio ao Porto e regressar no mesmo dia para trazer um dos meus filhos.
Acorda num som embalado de quem ainda está no limbo mmmmm. Chama mamã, outras vezes papá, a seguir vem logo o mã (mano). Põe-se em pé na cama de grades, vai abrindo os olhos, devagarinho para se habituar à luz e sorri. Um sorriso de rapazinho feliz, de quem antecipa um dia de grandes descobertas. Estica os bracinhos, pede có (colo) e ali fica, com a cabecita aninhada na covinha do meu pescoço, respiração quentinha, braços a envolve-lo como se o pudesse proteger de tudo para o resto da vida. Quando o pai se junta a nós o abraço alargado fica tão forte que não é sequer derrubável pelo escavão do Bob.
Cansado, não dispensa a chiiii (chuchinha) e a fá (fralda) que encosta à cara qual ansiolítico de efeito imediato.
A maneira como dança, de bracinhos no ar, um olhar de esguelha para confirmar que está a ser apreciado. Sempre a sorrir.
Come bem, ou melhor, come desalmadamente. Quando vê o prato inclina a cabeça para a frente na expectativa de meter a colher na boca mais rapidamente.
E sorri… já disse que está sempre a sorrir e bem disposto?
Os olhos brilham quando o irmão se aproxima. Os olhos do irmão derretem. Quando se reencontram ao final do dia, correm um para o outro e abraçam-se. Não vejo ali ponta de ciúme. “Ó mãe, olha para esta carinha de bebé, coisinha mais querida, até fico emocionado”, “mã, ana cá” (mano, anda cá).
A sorte de ter os avós sempre por perto. Avós babados que lhe dão todo o mimo que ele merece.
Um bebé que demorou a aparecer. Dois bebés ficaram pelo caminho. Lá no fundo sabíamos que a espera ia valer a pena. E como valeu.
Vinte e um meses de alegria.
Já disse que nos põe todos a sorrir?
...telefonar à avó das crianças (e minha mãe) para saber como foi o cocó do pequeno e ficar feliz por saber que "era muito bom" (ainda lhe perguntei se o tinha provado).