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Como lá em casa somos 4 para um T2+1, o espaço para as minhas papeladas, livros, revistas e tralha em geral, escasseia. Não me queixo porque para tudo o que tenha a ver com trabalho disponho de um espaçoso, luminoso, fresco no Verão/quente no Inverno gabinete lá no serviço. Apesar de acamar muita coisa minha em várias gavetas e prateleiras na sala e no +1, é no conteúdo da minha mesa de cabeceira que gravita o essencial dos meus, mesmo meus, meus e só meus interesses, os que me acompanham desde a vida pré-filhos e que não se desvaneceram com a vinda das responsabilidades conjugais/maternais. Vou amontoando na mesa de cabeceira os livros em lista de espera e dá-me grande gozo contemplá-la e imaginar as delícias que as coisas lá estacionadas encerram. A quantidade de livros que lá há vai flutuando em função da altura do ano, mais vazia em vésperas de Natal ou dos meus anos, sem espaço para mais nos períodos imediatamente a seguir. Tenho a fantasia de um dia a esvaziar completamente mas duvido que tal venha a acontecer porque sou demasiado gananciosa e incapaz de ficar à espera para adquirir um livro sobre o qual leia um comentário no tom certo, feito pela pessoa certa. Já enfiei grandes barretes com esse critério mas tenho o discernimento suficientemente apurado para eles acontecerem cada vez menos. Sei quem são os recensores com quem me identifico e um grande lote de escritores a cuja família não pertenço, que não comproainda que sejam aclamadíssimos. Apesar de ter feito anos há pouco tempo, a dita mesa de cabeceira está bastante vazia, quer por uma data de gente este ano se ter inclinado para a roupa e adereços (e eu toda contente), quer por ainda não ter estado com uma ala de amigos/família que costuma brindar-me, precisamente, com livros. Amo a ideia de ter a mesa de cabeceira vazia e torço-me de satisfação quando enumero mentalmente a lista de desejos com que a preencherei à primeira oportunidade. Eis a mesa, eis a lista.
Dos que desejo, neste momento ocorrem-me estes, mas é só entrar numa livraria que a lista triplica.
Diário de Inverno - Paul Auster
Silêncio - Susan Cain
Os Factos - Philip Roth
Passagens - Teolinda Gersão
A Ilha dos Espíritos - Camilla Lakberg
Borrowed Finery - Paula Fox
Vidas de Raparigas e Mulheres - Alice Munro