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Acorda num som embalado de quem ainda está no limbo mmmmm. Chama mamã, outras vezes papá, a seguir vem logo o mã (mano). Põe-se em pé na cama de grades, vai abrindo os olhos, devagarinho para se habituar à luz e sorri. Um sorriso de rapazinho feliz, de quem antecipa um dia de grandes descobertas. Estica os bracinhos, pede có (colo) e ali fica, com a cabecita aninhada na covinha do meu pescoço, respiração quentinha, braços a envolve-lo como se o pudesse proteger de tudo para o resto da vida. Quando o pai se junta a nós o abraço alargado fica tão forte que não é sequer derrubável pelo escavão do Bob.
Cansado, não dispensa a chiiii (chuchinha) e a fá (fralda) que encosta à cara qual ansiolítico de efeito imediato.
A maneira como dança, de bracinhos no ar, um olhar de esguelha para confirmar que está a ser apreciado. Sempre a sorrir.
Come bem, ou melhor, come desalmadamente. Quando vê o prato inclina a cabeça para a frente na expectativa de meter a colher na boca mais rapidamente.
E sorri… já disse que está sempre a sorrir e bem disposto?
Os olhos brilham quando o irmão se aproxima. Os olhos do irmão derretem. Quando se reencontram ao final do dia, correm um para o outro e abraçam-se. Não vejo ali ponta de ciúme. “Ó mãe, olha para esta carinha de bebé, coisinha mais querida, até fico emocionado”, “mã, ana cá” (mano, anda cá).
A sorte de ter os avós sempre por perto. Avós babados que lhe dão todo o mimo que ele merece.
Um bebé que demorou a aparecer. Dois bebés ficaram pelo caminho. Lá no fundo sabíamos que a espera ia valer a pena. E como valeu.
Vinte e um meses de alegria.
Já disse que nos põe todos a sorrir?