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Revoltam-me* as pessoas indiferentes.
Não vão a manifestações, apesar de passarem a vida a reclamar do governo e de como andam a ser roubadas.
Não querem saber o que se passa noutros países, são realidades muito diferentes da nossa.
Não vão a funerais porque lhes faz muita impressão (haverá alguém que tire especial prazer em presenciar uma cerimónia destas?!).
Ficam to-tal-men-te indiferentes quando passam por algum pedinte e ainda são capazes de criticar por alguém se sensibilizar e contribuir com uma moeda (“aposto que vai já gastar em vinho”).
Não se envolvem em campanhas de solidariedade porque acham que o governo tem obrigação de resolver todos os problemas da sociedade (“então os impostos são para quê?”).
Não se dão, não se entregam, não se preocupam com nada além dos umbigos do seu núcleo mais chegado.
Terão noção da arbitrariedade da vida? De que tudo pode estar bem e num segundo…
* Indignam-me, desassossegam-me, perturbam-me, repugnam-me