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No início de Janeiro, fomos os quatro ao Teatro Carlos Alberto ver um espectáculo cujo conteúdo não tínhamos percebido muito bem quando vimos o cartaz.
Teatro? Concerto? Não sabiamos. Fomos porque o António e o Vasco adoram os Clã. Passámos Agosto ao som do Disco Voador - e isso é dizer muito porque em Agosto passámos muito, mesmo muito tempo no carro. Nós adultos, nem éramos muito fãs, embora achasse a Manuela Azevedo uma vozeiraça e o Hélder Gonçalves um grande arranjador. Os outros elementos da banda, para dizer a verdade, nem conhecia.
Ora lá fomos e ... adorámos. Afinal era uma peça de teatro musical, escrita pela Regina Guimarães (portanto condenada a ser boa), encenada pelo Nuno Carinhas, com direcção musical do Hélder Gonçalves. É a história de uma aspirante a actriz muito cheia de minhoquices, a ensaiar num tetaro onde estão sempre a acontecer coisas estranhas que afinal são causadas pelo fantasma do teatro - um fantasma muito giro - que queria chamar a atenção da estrela. Tudo em bom, entremeado por muitas canções, pelos Clã e pelos outros actores.
O texto é muito simples e muito bonito, as canções têm a garra que é o que mais gosto nos trabalhos dos Clã e acho que posso dizer que foi a primeira vez que gostei realmente de uma peça de teatro para crianças.
Não me envaideço particularmente disso mas a verdade é que os teatros a que vou com os meus filhos quase sempre me enfadam, acho tudo muito cutchi cutchi e muito feito-para-pequeninos e desta vez senti-me num espectáculo que interpela toda gente, independentemente da idade.
Adiante que não era nada disto que eu queria contar.
No fim da peça o António pediu para ir cumprimentar o elenco - não há espectáculo em que não o faça - e lá fomos nós esperar para a saída dos artistas. Foram todos muitíssimo simpáticos, mesmo muito, e o António até ficou um bocado emocionado porque reconheceu o Miguel, teclista, que é um dos organizadores do MiniPortobelo, de que somos frequentadores. Lá tirámos a foto da praxe e seguimos com a nossa vida.