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A Clara Ferreira Alves tem a capacidade - que muito lhe agradeço - de às vezes me aviar valentes murraças no estômago. No passado sábado, aconteceu outra vez.
(Como não me parece muito correcto pespegar aqui um artigo que ainda não está disponível online, a não ser para assinantes, resolvi a questão de consciência cortando uma parte. O pedaço visível dá para perceber perfeitamente qual é o assunto da crónica)
Acabei no fim-de-semana o livro com o nome deste post, da sueca Camilla Lackberg. Mais um que cumpre a função: policial empolgante, decentemente escrito, impossível parar depois de começar, como todos os que li desta autora (acho que todos os que há em português). Li na cama, no autocarro, ao pequeno-almoço, depois do banho ainda enrolada na toalha, enquanto pedalava na minha nova bicicleta fixa. Não é literatura de gabarito mas eu adoro policiais que se desenrolam à velocidade vertiginosa deste. O único senão que lhe encontro, a este e a vários outros da autora, é a concentração extrema de histórias de violência sobre crianças que, como os livros são bem escritos, deixam os leitores com o coração do tamanho de uma avelã e, em vários momentos, fazem interromper a leitura ante o horror das descrições. As descrições de paisagens que desconheço, da Suécia balnear, acrescentam um atractivo adicional.
Aviei o livro num ápice, consolada.