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Mesmo que o resto do dia me corra muito mal, ele já está ganho desde esta manhã. Fiquei a saber que o Tio Jorge, irmão mais novo do nosso pai, tem com ele uma série de cartas e cadernos com anotações que a nossa avó foi fazendo ao longo do tempo. Hoje li um dos cadernos e, para minha grande satisfação, está cheio de pequenas observações sobre a vida corrente, da família e do país, pouco íntimas e muito engraçadas, que posso perfeitamente partilhar em casa e, de vez em quando, aqui, sem cometer nenhuma invasão de privacidade. São pequenas histórias - geralmente só observações muito curtas - que começam em 1969 e acabam já no início dos anos 2000 e que ajudam a reconstruir a história desses trinta e tal anos deste canto em que vivemos e, mais importante, da nossa família e da pessoa da nossa avó.
Enfiado entre as páginas do caderno, encontrei um bilhete escrito por mim e deixado na caixa do correio dos meus avós há quase 20 anos.