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Ao segundo dia consecutivo sem pôr os pés fora de casa, posso anunciar que não nasci para animal enjaulado e que me sinto como nos dias seguintes ao nascimento do meu filho mais velho em que a nova dinâmica se apoderou de mim com tamanha intensidade que me sentia a existir dentro de uma bolha e nem dava pelos dias a passar. Só uns tempos depois de ter regressado do hospital, quando sai pela primeira vez de casa e voltei a sentir o ar exterior na cara, é que me apercebi de que a existência de vida fora da minha casa não tinha cessado e que era mesmo bom voltar a sentir a vibração do mundo a girar. Ia só despejar o lixo mas soube-me a viagem ao princípio do mundo.
Daqui a bocado vou sair para ir ao Lidl e jantar em casa dos meus pais e desconfio de que vou sentir a mesma êpifania.