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a) procurar uma casa maior que, para ter um preço compatível com as nossas possibilidades, tem forçosamente de ser num sítio menos interessante (sendo que para mim 90% do Porto é menos interessante do que as nossas bandas);
b) sair de casa durante uns meses e fazer a ligação ao sótão que nos amplia a casa um bom bocado mas não tanto que um dia consigamos recuperar o investimento na venda;
c) não fazer nada e continuar a viver cada vez mais uns em cima dos outros.
São as hipóteses a jogo.
Como se adivinhava, acabei por não concretizar nenhum dos planos de fim de semana por causa da gripe que me derrubou. Não me lembrava da última gripe que tinha tido nem tinha a noção de como uma doença que eu achava que nem era doença pode deixar uma pessoa tão combalida. Nem cheguei a ter febre alta, não deve ter sido uma gripe pesada, mas o que tive chegou para me deixar a sentir-me abaixo de trapo. Foi, no entanto, uma gripe de luxo: a manhã de sábado foi passada na cama enquanto na sala papai se dedicava a elaboradas construções com os pequenos. O estado em que a sala estava quando lá entrei é que ... adiante, que não fui eu que a arrumei. De tarde foram todos dar uma volta e eu fiquei na paz, a paz dos arrepios e dos tremores mas de qualquer modo em silêncio. A meio da tarde, uma mensagem do meu pai que rezava assim:
''estamos na mealhada. vamos a tua casa e levamos os miúdos para dormirem na nossa''.
Como não tinham apreciado a minha voz - ou a falta dela - no telefonema da manhã, os meus pais, numa atitude muito sua, meteram-se à estrada e vieram de Lisboa para o Porto para me aliviarem o fardo e às seis da tarde já me estavam a entrar pela porta adentro. Com jornais, fruta e uma mala térmica atulhada de refeições. E croquetes do Califa. Só visto.
Venham mais gripes.