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Quando ele vai trabalhar e eu fico com os filhos doentes:
A casa, um brinco, divisões arejadas, camas feitas, roupas dobradas, louça do almoço na máquina, cozinha impecável. Brincadeira com os filhos perto de zero.
Quando eu vou trabalhar e ele fica com os filhos doentes: Casa devastada, camas desfeitas, roupa espalhada, toalhas amontoadas, restos do almoço na mesa, cozinha imunda.
Na sala, construções elaboradíssimas em Lego, todos sentados no chão alheados do pardieiro que os cerca, concentradíssimos a acabar um foguetão ou um teleférico ou outro veículo rebuscado que os ocupou a manhã inteira.
Viva a diversidade!
Vou explorar esta possibilidade. Mais alguém?
Uma nova plataforma permite que qualquer pessoa se transforme "nos olhos de um invisual". É muito fácil de utilizar e o objetivo é apenas um: ajudar.
Já existem muitas ferramentas para facilitar a vida às pessoas cegas ou com visão muito reduzida (amblíopes). A tecnologia veio permitir que os invisuais tenham uma vida mais fácil mas ainda são muitas as limitações no dia-a-dia. E não são apenas barreiras físicas, elas revelam-se nas pequenas coisas. Por exemplo, como saber qual o prazo de validade de uma embalagem de leite?
Uma associação dinamarquesa desenvolveu uma aplicação para smartphone para ajudar os invisuais nestas tarefas. Chama-se Be My Eyes (“sê os meus olhos”) e o nome é autoexplicativo. Através de uma simples chamada de vídeo, os ajudantes (visuais) podem ajudar um cego ou amblíope a resolver inúmeras tarefas.
Quando um invisual precisar de ajuda só tem de abrir a aplicação e fazer um pedido, ou seja, uma chamada de videoconferência. E é aqui que está uma das grandes funcionalidades do sistema: se receber uma notificação e não puder atender (quando estiver a conduzir, por exemplo), não fique com peso na consciência, pois a chamada é automaticamente redirecionada para outro ajudante.
O número é um fator importante, porque quanto mais ajudantes estiverem registados mais fácil será para a plataforma encontrar alguém capaz de responder a uma chamada. Nesta data são já 55 mil os ajudantes disponíveis para ajudar os quase 4.500 invisuais registados.
O Be My Eyes está para já disponível apenas para iOS (em breve nos sistemas Android e Windows Phone) e o registo é muito simples. A aplicação é a mesma para ajudantes e invisuais, o processo inicial guia o utilizador para a respetiva área. A linguagem por definição é o inglês, mas nas configurações é possível escolher outro idioma no qual se dispõe a responder — o português está na lista.
Esta nova aplicação, criada por uma organização sem fins lucrativos sediada em Copenhaga, é gratuita. Mas na página oficial pode ler-se que os fundos disponíveis garantem o serviço até setembro de 2015, pelo que está a ser equacionado um sistema de subscrição se entretanto os donativos não chegarem.