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Votos de Boas Entradas em 2015, a 20€ o quilo.
É uma maneira grosseira de desejar um bom ano, eu sei, mas descobri recentemente o preço do bolo rei e ainda não recuperei do choque.
"Está a terminar um ano e outro vai começar... Mas, antes de pensarmos no ano que vem paremos por um momento para pensar naquele que está a acabar e dirigir-nos a ele, pois um ano é um ser vivo e, por isso, podemos falar-lhe... Ele registou não só os nossos atos, mas também os nossos desejos, os nossos sentimentos e os nossos pensamentos; no último dia, faz o teu relatório : saúda o ano que termina antes de ele ir embora definitivamente.
Quanto ao ano novo, podes começar por prepará-lo conscientemente fixando para ti um objetivo: perder um mau hábito, desenvolver uma qualidade, realizar um projeto para o bem de todos. Com este pensamento, este desejo, é como se colocassamos uma primeira pedra e então todos os espíritos benfazejos da natureza nos trarão a sua ajuda, para que possamos realizar o nosso projeto. Devem ser sempre estas as nossas preocupações: receber o ano novo pondo-nos sob a proteção da luz."
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"Há mais, muito mais, para o Natal do que luz de vela e alegria.
É o espírito da doce amizade que brilha todo o ano.
É consideração e bondade, é a esperança renascida novamente, para paz, para entendimento, e para benevolência dos homens"
Era bom que assim fosse. Que fosse Natal todos os dias. Pelo menos que as pessoas tivessem todas (as que podem claro) o espirito de bondade ..de dar...de oferecer carinho e amizade.
Pelo meu lado não me posso queixar...tenho isto dos meus amigos e família todo o ano.
Mas são tantos...tantos os que não têm!
Se todos se juntassem e pensassem que o prazer de dar, de oferecer é tão bom noutra altura do ano, como é no Natal.
E quando falo em oferecer e dar...não precisam de ser coisas materiais. Podem ser simples gestos de bondade, que para nós podem não ser nada...mas para alguém podem ser o "Mundo de alegria"!
E mesmo para nós próprios. Eu falo por mim...
Quando ajudo alguém, seja de que forma for, ajudo-me a mim própria, deixo de pensar em mim, na pequenez que podem ser os meus problemas, para talvez transformar o mundo, a vida de alguém com um peuqeno gesto.
Talvez se a paz, o entendimento, e a benevolência dos homens durasse o ano inteiro...seria Natal todos os dias do ano.
É bem capaz de ter sido a melhor entrevista que ouvi este ano. Verdades muito verdadeiras, histórias de desgosto e dor, várias gargalhadas. A-do-rei. Se não houver tempo nem paciência para ouvir tudo, sugiro o bocadinho entre os minutos 27 e 29.
Feliz Natal.
- Your father died when you were only 12. What did that mean for you at the time?
- I didn't know what it meant until a long time afterwards, when I had to go and do therapy and that was what came first. There was no word... I'm not even sure the word grief ... the word grief would have been in a prayer maybe, but it wouldn't have been in an ordinary sentence. So you just ... the funny way you get on with things ... you just simply ... there's a funeral, which is sort of unreal, in a certain way, and then you're all at home and an ordinary life goes on. And it is just though nothing had happened. There's a palpable absence but the absence cannot easily be mentioned or dealt with and so it's very hard to describe nothing. But what I'm talking about almost is nothing. It's very silent and many things become unmentionable. And then you learn to treat that as normal.
- You've said that a child who loses a parent never recovers. How do you feel the loss of your father now?
- That you never recover. That you're never sure the entire ... that anyone ... that you're never sure about love or ... you're never sure about anything again. You never trust anything again. (...) You never have the experience in the first place. You deny it, you postpone it, and therefore, you becoe someone who keeps things in. And that can come up again and again and again in you life, for someone can say to you ''why didn't you say it if you felt it?'' and you suddenly don't ... you say ''well, you just don't understand me''. (..) It's almost like (...) having half your face beaten off by somebody but you keep trying to smile.
Recebi agora uma mensagem da minha irmã que tem a última redacção do meu sobrinho Francisco. O título é ''A debandada de narizes''. Para quem tem acompanhado a produção do miúdo no campo da literatura e da ilustração, o título é promissor.
O meu sobrinho é o novo Neil Gaiman, não duviem.
É ainda o nosso estado, depois de 1 ano e 1 período de experiência. Chegámos há bocado da festa de Natal e foi tão giro! Do mais simples que se possa imaginar, numa onda completamente diferente da festa do infantário do Vasco, onde se paga 8 euros por cada entrada (oh yeah) e se tem direito a um espectáculo semi-profissional com as criancinhas mais velhas a debitarem quilómetros de texto em inglês. Também gosto muito, da escola e das festas que organiza, mas da escola do António venho sempre maravilhada com o tanto que se pode fazer com tão pouco. Os 150 meninos da escola - depois de terem ido ver o filme dos pinguins de manhã, oferta da Câmara Municipal do Porto e da Junta de Freguesia - reuniram-se com bastante aprumo no ''coberto de cima''- um dos locais icónicos do recreio - e cantaram 3 canções de Natal, orientados pelos professores, os do ano e os das AECs. Depois, seguiu-se para o ''coberto de baixo'' para apreciar os presépios de materiais reciclados construídos pelas famílias. Ao lado, vários pais e funcionários da escola dinamizavam a banca em que, por 1 euro e meio, se comprava uma fatia de bolo-rei (oferecidos por vários pais e eu chocada ao descobrir que 1kg do dito custa 15 euros), um copo de chocolate quente e uma rifa que no fim deu um cabaz de Natal ao Ricardo do 2º ano. Os meus filhos não paravam de rondar a banca, dizendo-se cheios de fome. O Vasco descobriu que conseguia manipular sozinho o chafariz e passou o tempo com muita sede. O António parecia o Pai Natal a distribuir os presentinhos que faz questão de dar aos professores e aos auxiliares (e se eles merecem!). Nós a olhar em volta a apreciar quão agradável é aquele recreio e aquela escola. Melhor que muitos colégios, é o que é.
Noutro dia estava a tentar explicar a uma amiga que me preocupam as preocupações que o António carrega dentro dele, completamente inadequadas para os 7 anos que tem. Quando conversávamos, não me lembrava de nenhum exemplo concreto para lhe dar, ladrões, guerra, doença em geral, o futuro, a velhice, a fome no mundo, o ébola, a morte são assuntos que deixam qualquer criança desconfortável quando são abordados mas no nosso caso, a coisa assume uma proporção invulgar. Fui-me embora para ir buscar o miúdo à escola e mal ele entrou no carro, eis uma situação das que eu queria ter contado. Quando ele entrou no carro, nas notícias da TSF dizia-se que 2 homens tinham sido presos por terem ateado o incêndio do verão na Serra do Caramulo. O António, logo quem é que foi preso, quem é que foi preso? E eu, foram os homens que atearam o incêndio do Caramulo, no verão.
E o António responde-me o incêndio do Caramulo não foi no último verão, foi em 2013.
Felizmente ainda não despertou para o problema do aquecimento global. Eu queria tanto que a vida lhe fosse leve...
Queria tanto estar em forma para os festejos dos 4 anos do Vasquinho que acabei a ... vomitar no meio da rua. Pois é, o remédio milagroso do post anterior tem uns efeitos secundários jeitosos. Lá que me tirou a dor, tirou. Em troca deixou-me umas vertigens assustadoras, vontade de vomitar e um estado geral miserável. Felizmente só depois da parte da manhã e da visita ao Sealife com os amigos mas tendo em conta que iamos ter a casa cheia de família e amigos para as celebrações vespertinas, não dava jeito nenhum. Perder a compostura à frente dos filhos, também não. Com ajudas várias e um marido de ouro, a festa acabou por se fazer e correr muito bem. O Vasco esteve feliz, o António idem. Eu dormi metade do tempo enterrada no pouf, tapada com uma manta que uma das gémeas me ia ajeitando de tempos a tempos. É que outro dos efeitos secundários daquela cena é o sono, um sono incontrolável. Felizmente só cá estava gente boa e amiga que não achou nada esquisito ser convidado para uma festa em que a dona da casa passou metade do tempo a dormir. Fui para a cama ao mesmo tempo que os miúdos e hoje de manhã ainda sentia vestígios do efeito. Um horror. Quem ler isto, já sabe: se algum médico insano alguma vez lhe receitar um medicamento chamado Tramal, os efeitos paralelos podem ser muito piores que a maleita-mãe. É fácil fixar: Tramal é para te tramar.
Hoje virei uma esquina que tentava evitar há uma data de tempo. A alternativa era passar os 4 anos do meu filho pequenino na cama. Siga.