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As nossas acabaram e foram maravilhosas. A cada ano que passa, as nossas férias de verão melhoram embora já há dois ou três anos as organizemos da mesma maneira. Este ano, a novidade foram os 3 meses de férias do nosso filho recém-estreado no ensino público. Parecia uma eternidade para o ter em casa desocupado enquanto os pais buliam e o irmão ia para o infantário mas entre um atelier de artes aqui, um workshop ali, duas estadias curtas em Lisboa com os avós, umas tardes com a outra avó, cenas com o pai, algumas tarde em casa, sim, que é bem bom, festas de anos, voltas com amigos do ex-infantário, duas semanas de praia com a escola do irmão e o dito irmão, festas do pijama, visitas a museus e a barcos com a avó e a tia e, claro, muitos trajectos de autocarro pelo meio, o tempo em que ele era o único de férias foi-se num ápice. O pequenino andou na vida dele até ao finzinho de Julho, meio contrariado, mas é mais fácil arranjar quem fique só com um do que com os dois por isso, que remédio. E Julho chegou ao fim.
Na primeira semana de Agosto, trabalhámos a meio tempo e começámos a entrar devagar em modo férias. Fizemos uma data de coisas giras com amigos, fomos à praia e fizemos piqueniques. Depois alámos para o Algarve. Passámos uma semana em Lagos, cidade de que sempre gostei mas desta vez achei deveras desapontante (mas também, era Agosto) sem que isso prejudicasse minimamente as nossas férias de praia, piscina e descanso. Estivemos com amigos queridos mas a maior parte do tempo, só os 4. Muito bom. De lá, seguimos para uma estadia curta no Alentejo com os avós, tios e primos. Excelente. Do Alentejo, partimos para a já tradicional semana de turistas em Lisboa que, mais uma vez, foi a minha parte preferida das férias. Desta vez, os meus pais vieram para o Porto expressamente para deixarem a casa-hotel para nós, o que me custou um pouco, mas como não pareceram importar-se lá muito, siga. Foi uma semana soberba em que fizemos coisas nunca feitas (conhecer a Mãe d'Água, por exemplo, ou subir o Cristo Rei), repetimos programas que fazemos até à exaustão (jantar no Nosolo de Belém, por exemplo, ou na Merendeira da Av. 24 de Julho, um must para os pequenos), fomos à Gulbenkian (onde a vigilante gritou ao ver o Vasquinho a correr com grande alegria em cima de uma tela exposta na horizontal), dar voltas no Chiado, de combóio a Cascais, de cacilheiro ''ao outro lado'' (não, não visitámos o da Joana Vasconcelos, que é o que todos perguntam quando contamos isto), vaguear pelo Princípe Real ou Campo de Ourique, vegetar e tomar banho nos repuxos do CCB. Numa noite a minha irmã ficou com os sobrinhos e eu e o meu** fomos jantar ao Noobai, no jardim do Adamastor. Houve uma noite em que o meu ficou com os miúdos e eu fui ao cinema ver ''O homem mais procurado'' (que achei soberbo mas pode ter sido de ir tão pouco ao cinema que cada vez que vou acho maravilhoso*), noutra noite fiquei eu e foi ele. Deu para dormir, deu para brincar, deu para passear, para piquenicar, para descobrir o Geocatching, deu para estar com amigos (menos do que gostaria, que mania têm todos de ir de férias em Agosto, gaita!), deu para ler (o último Robert Wilson, uuuuuuuiiiiiii, que coisa boa!) deu para alarvar. Computador, zero. Todos adorámos.
O regresso a casa também foi agradável, sobretudo porque iamos continuar em regime de semi-férias mais tempo. Ainda por cima, com o prpimo Francisco cá no Porto. Houve coisas chatas, houve uma festa familiar (eu ia escrever ''uma grande festa familiar'' mas seria uma redundância porque aqui festa é sinónimo de grande festa uma vez que se incluirmos só a família chegada se ultrapassam sempre os 50), houve primas a dormir lá em casa, houve Parque Aquático de Guimarães, o pai fez anos (o meu e o dos meus filhos) e fomos almoçar ao nosso querido Essência, um amigo da escola veio passar o dia. O encerramento da season foi no último fim de semana, passado em Trás-os-Montes, em casa da tia, muito bom. Fizemos mais um passeio do Ciência Viva no Verão, este à Barragem do Picote, uma coisa belíssima, nos confins dos confins do nordeste. Já conheciamos mas desta vez tivemos visita guiada às entranhas da barragem, impressionante, empolgante, fascinante. Também estivemos em Bragança, onde os meus filhos tiveram a alegria de rever vários bons amigos. Ontem viemos de vez (para uns, para outros, não tão de vez). Hoje houve mais um Ciência Viva, desta feita ao centro de separação de lixo da Lipor. Já há algum nervosismo com o início da escola, o Vasco vai amanhã e tenho a certeza de que lhe vai custar horrores (durante o ano não diz que não quer ir mas não vibra com a escola), o António vai na 2ª feira, como muitos milhares de miúdos país afora (se muitos milhares de miúdos houvesse por esse país afora, era bom, era). Já tem os livros novos, a que não ligou muito, está muito nervoso com medo que o 2º ano seja muito difícil. Tendo em conta que não me lembro de no 1º ele alguma vez ter errado ou sequer hesitado na resposta a alguma pergunta dos trabalhos de casa (e imagino que na aula seja igual), o receio de não ser capaz de acompanhar o 2º ano pode parecer caricato mas é preciso respeitá-lo. A outra metade dele está muito contente por já não ser caloiro e planeia pôr-se à porta da escola a dar a boas-vindas aos alunos novos, no 1º dia. Já estão reinscritos na natação e eu na hidroginástica (blhéc). Um vai para o inglês, o outro para a capoeira. Eu vou voltar às minhas caminhadas, que não são assim tão molengas. Houve boas notícias no trabalho. As primas vêm cá dormir outra vez. Vamos ter novo piquenique com os amigos do ex-infantário e mães que ficaram amigas. Esta semana tenho almoço com os meus dois amigos, tão amigos que é como se fossemos só dois, num sítio novo que tem o magnífico nome de LSD. Bora lá encerrar o verão em grande?
** doravante referir-me-ei ao meu marido desta maneira elegante e cheia de estilo, ''o meu''. É uma homenagem à mulher de um primo do meu pai, uma senhora que por acaso morreu cedo, que se referia sempre assim ao marido, para grande hilaridade do resto da família.
* não, o filme é mesmo, mesmo bom.