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Temo que este post vá sair de uma certo mau gosto porque faz piada à custa da tragédia de outros. Enfim, lá vai.
Na 2ª feira, a irmã de uma grande amiga, senhora de uns 50 anos, teve um AVC e está no hospital ainda em risco de vida. No domingo tinhamos passado a tarde com ela e parecia óptima. O António, claro, ficou muito impressionado, apanhou a expressão AVC e fez mil perguntas sobre o que isso é.
Hoje de manhã chegou ao pé de mim
Ele - Mãe, sinto-me mal, acho que tive um AVC.
Eu - A sério, o que é que aconteceu?
Ele - Dei um arroto e fiquei a sentir-me mal.
(...)
Ele - Porque é que estão a rir? Párem!
Reapareceram as cartas do António Alçada Baptista de que já devo ter falado aqui. Tão gentis e amorosas como me lembrava.
Era giro porque a cada escritor ou músico da minha preferência de que lhe falava, ele concordava e acrescentava "é muito meu amigo", como neste excerto. O livro de que ele fala no cartão, mandei-lho logo a seguir, lembro-me bem, era do Otto Lara Resende, grande amigo dele. Adoro, com todas as minhas forças, a literatura que vem do Brasil e foi o livro "A Pesca à Linha" que me abriu a porta desse maná. E, para ser justa, os programas de televisão do Francisco José Viegas. Cumcaneco, tanta coisa nova para ler e vou ter de ir buscar, pela centésima vez, o Pesca à Linha.
Em arrumações na garagem dos meus pais, vou desenterrando preciosidades e dando grandes gargalhadas. Relatório da psicóloga que me fez ''testes vocacionais'' quando acabei o 9º ano:
Nem acredito que os meus pais foram enterrar dinheiro numa porcaria destas! Por acaso já na altura, acho que no fim do 9o ano, fiquei com a sensação de que a avaliação desta psicóloga não era avaliação nenhuma e que ela se limitava a perguntar-me do que eu gostava e ia redigindo o relatório no momento. Ler coisas como "o seu desenho revela criatividade" ou "tem altos interesses no campo da contabilidade e alguns burocráticos" é bom demais. Tão ao lado, a análise da senhora, tão ao lado...