por titi, em 04.05.14
Este post foi agendado para aparecer online no momento em que se completam 7 anos sobre o nascimento de uma mãe, eu. 4 de Maio de 2007, 12.27h, foi o momento em que tudo mudou*.
Esta foi a primeira foto.
*Também foi a noite em que dormi exactamente zero minutos e, enquanto o meu recém-nascido dormia o sono dos anjos, eu desesperava à janela do quarto, no Hospital de Santo António, a assistir às bebedeiras do pessoal da Queima das Fitas que por ali desfilava em cenas pouco edificantes.
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por Teira, em 04.05.14
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade
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