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A viagem a Londres por que os meus pequenos (e nós) tanto ansiavam veio e foi, num ápice. Foi maravilhosa, depois de descontados todos os momentos de tensão, exaustão e ameaças de castigos e palmadas nos rabos.
Os magníficos preços da Ryanair têm o contraponto dos horários pouco cómodos para quem viaja com miúdos. Tirámo-los da cama às três e meia da manhã, muito alegres e enérgicos para um voo que chegou a Londres às nove. O António já é bastante experiente nestas lides - embora não tenha a rodagem do primo que já andou de hidroavião - e exibia os seus conhecimentos para o irmão. O Vasco nunca tinha andado de avião e adorou tudo. Dormir na viagem? Só nos nossos estafados sonhos.
Como nos tempos que correm, o espaço para o improviso nestas coisas é muito pouco, à chegada foi só apanhar o comboio cujos bilhetes tinhamos comprado em casa e chegar ao centro em pouco mais de uma hora. Teria sido menos não fora uma irritante avaria que nos obrigou a várias mudanças de comboio. A seguir, metro para o estúdio que tinhamos reservado, muito perto do Hyde Park. Dois princípios que praticamos nas viagens com filhos: alojamento com kitchenette e o mais próximo possível dos sítios que nos interessam. Os miúdos não gostaram nada da pequenez do sítio que não dava hipótese de grandes macacadas. Era acanhado, é verdade, mas serviu perfeitamente.
Largar bagagens, umas corridas no Hyde Park, London Eye (que o António carregava no imaginário), Big Ben (estrela do firmamento da imaginação do Vasquinho), um frio de rachar. Mas para eles, o melhor de tudo era mesmo circular em tantos meios de transporte quantos a distância permitisse. Deem-lhes um percurso com 3 mudanças de autocarro e eles ficarão felizes.
Ah, neste dia descobri uma faceta do meu marido com que nunca tinha sido confrontada: uma ida a um restaurante ''all you can eat''.
Quando se olha de perto, há sempre rastos de ranho nas mangas, junto aos punhos.
É das camisolas dos meus filhos (espero que não sejam só os meus) que estou a falar. Quando chego depois de alguns dias fora e vou pôr ordem no esterqueiro de roupa acumulada em que a cómoda do quarto deles se transformou, ponho-me a dobrar polares usados uma ou duas vezes. Olho, miro, não há nódoas na parte da frente, não cheiram a suor de criança, parecem em condições de serem usados outra vez. Olho para as mangas e, invariavelmente, lá está. Um rasto de uma gosma parecida com esta, abundante e já solidificada.
Pimba, polar para lavar.
São só os meus que se assoam às mangas?