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Como, mas como é que se deu esta cena inusitada de eu estar sozinha numa casa silenciosa e arrumada num serão de sexta-feira, com marido e filhos a caminho de Lisboa?
Resposta:
a minha versão: como o esposo tem uma reunião em Lisboa amanhã, decidimos ir lá passar o fim-de-semana. Como se dava o caso de eu me ter inscrito neste workshop e estar à espera do dia com grande expectativa, decidimos que os homens da casa partiriam hoje e eu me juntaria a eles amanhã ao fim do dia, de comboio.
a versão que o António me contou que contou na escola: vamos passar o fim-de-semana a Lisboa porque os avós estão sempre cheios de saudades nossas, coitados, a mãe vai só no sábado porque vai a um workshop para aprender a escrever melhor em blogs.
Na versão A ou na versão B, perspectiva-se um grande fim-de-semana, a acrescer ao facto de as notícias da consulta de hoje não terem sido más. Correcção: perspectiva-se um grande fim-de-semana.
Contra todas as evidências em contrário, a alegria
Manuel Gusmão, Teatros do Tempo, Editorial Caminho (2001)