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Para além do jeito que sempre me deu ter colinhos disponíveis para os meus bebés, sempre me aconchegou muito o coração ver os meus filhos gostarem de colos próximos e até manifestarem algumas preferências e carinho por alguns, que não apenas o dos pais. Ainda hoje isso acontece, e confesso que é um tranquilizador grande, o conforto de saberem que não é só em nós que encontram segurança. Nesta fase em que já tenho mãos mais livres, devo dizer que não me importo nada (sinto até como um dever) começar a devolver o tanto que me foi dado.
Aqui.
Altamente autobiográfico, absolutamente humilhante da minha pessoa e sem particular interesse para quem lê. Mesmo assim cá vai...
Há uns 25 anos atrás, tinha eu uns 15 aninhos, tive a minha primeira paixão avassaladora por um rapaz que morava no mesmo bairro que eu. Ambos fazíamos parte de um grupinho que, na altura, consistia em vários rapazes, em mim e na minha amiga Filipa.
Acho que toda a gente à nossa volta sabia que eu gostava do C. (incluindo ele) e tenho sérias dúvidas que ele não estivesse minimamente interessado tendo em conta que, diariamente, à mesma hora e para grande desespero dos meus pais e irmã, o telefone lá de casa tocava e ficávamos horas e horas a conversar.
Um dia, o C. disse à Filipa que quando a encontrasse no autocarro no dia seguinte, lhe ia dizer se queria, ou não, namorar comigo. Eu fiquei para rebentar perante tal possibilidade, mas... a resposta do dia seguinte não foi a desejada e lembro-me TÃO bem de ter chorado até não conseguir abrir os olhos com tamanho inchaço.
E foi assim a minha primeira de tantas outras desilusões amorosas.
Curioso foi o facto de uns tempos mais tarde, ao grupinho se terem juntado mais umas quantas pessoas e uma delas ter caído de amores pelo C. A minha suposta concorrente tornou-se uma das minhas melhores amigas até hoje!
(ainda hoje me cruzo com ele)
(comentei esta história há pouco tempo com a Filipa e ela não se lembrava de rigorosamente nada. Terá sido a minha cabeça a fabricar esta memória?)