Tantas semanas de preparação e o Natal, puf, veio, foi e para o ano há mais. A nossa preciosa semana de férias em Lisboa entre o Natal e o Ano Novo começou em beleza, com a noite passada parcialmente passada em branco a fazer máquinas com lençóis vomitados e febres que mal resistem quatro ou cinco horas entre duas doses de paracetamol. Os meus pequeninos estiveram sombras de si próprios durante a noite e a manhã e saturadíssimos depois de dois dias consecutivos sem porem os pés na rua, já nem os presentes de Natal os dispõem bem. Os pais, nem se fala, estamos pelos cabelos. Talvez amanhã possamos partir, a ver vamos.
E porque não me apetecia nada deixar passar a season natalícia sem registar aqui alguns apontamentos sobre a maneira como vivemos a dita mas ao mesmo tempo tenho ali uma data de coisas à espera para folhear, aqui fica em formato itemize:
- Mais um ano em que conseguimos enviar atempadamente todos os cartões de boas festas da nossa lista, feitos pela pequenada, com a fotografia da praxe a acompanhar. Também conseguimos ter prontos os presentes homemade para os miúdos oferecerem a algumas pessoas chave. Nada assim muito perfeito mas feito com tanto gosto por eles ao longo de várias manhãs de sábado que acho que quem os recebeu, avós, tias, alguns amigos próximos, educadoras, ficou muito contente. Pintaram umas caixinhas em forma de coração e fizeram etiquetas para pôr em saquinhos de chá previamente comprados, cenas básicas que eu sou aquela que fazia sempre os piores trabalhos da turma nas aulas de Educação Visual, lembram-se? Também me satisfez inteiramente o presente que o Vasquinho ofereceu à educadora
uma pérola que está, absolutamente, entre os livros que mais me marcaram este ano e que já ofereci um montão de vezes. Lede, lede que não vos arrependereis. - Na véspera de Natal, mais uma vez, estivemos com o núcleo mais pequeno da família - do lado da minha sogra - com gente tão amorosa e atenciosa com os meus filhos** que saio sempre lá de casa com um profundo sentimento de gratidão.
- No dia de Natal, pimba, casa da Clarinha, pois claro. Contei para cima de 65 almas, organização impecável, acolhimento de excepção como em todos os outros milhares de ocasiões em que lá abancamos. Ao fim da tarde transferimo-nos para um bocadinho em casa da família paterna onde nos recebem sempre com mais simpatia do que aquela que merecemos. À noite, casa do sogro, onde o jantar do dia 25 se reveste de uma importância enorme para aquela ala da família e é extremamente conveniente para a nossa própria organização. Conseguimos estar em todo o lado sem grandes correrias. Trinta e tal pessoas, muitas vindas de Lisboa exclusivamente para aquele jantar, sempre seguido de espectáculo de variedades apresentado pela prata da casa. Como a prata da casa inclui pianistas, cantoras, músicos e actores dotados, o resultado é sempre de alto nível. O António adorou e conseguiu enfiar-se como figurante nos sketches todos.
- 26 continua a ser Natal para nós, pais e irmã porque é o dia do aniversário da dita e aproveitamos para festejar na casa dos nossos pais e aí trocar os nossos presentes. Este ano foi mesmo todo o dia em casa, com a visita das nossas queridas gémeas que vieram passar a tarde e, como sempre, acabaram a ajudar nos cuidados às crianças mais pequenas.
- Ontem, 27, foi o dia do aguardado almoço com o melhor amigo que se pirou para o Brasil e veio agora passar duas semanas. Um fartote. Para dizer a verdade, não havia grandes novidades a contar, porque entre skype e constantes trocas de mensagens e fotos via Viber, a conversa está sempre em dia. À noite, era o esposo que tinha o hiper-mega-aguardado Rôti, o jantar anual mulher não entra com o grupo de amigos de sempre. É aquela noite para onde ele vai sempre sem hora para voltar e cheio de cenas hilariantes para contar. Desta vez apareceu-me em casa às duas da manhã, tinha eu acabado de mudar a pripmeira leva de lençóis, chochíssimo com a gripe e outras mazelas. O resto do pessoal acabou a noite no Batô e a avaliar pelas fotos que vi hoje no facebook, o meu rapaz perdeu grandes coisas.
Vou deixar o rescaldo dos últimos dias - isto era só a introdução - para outro post que vou escrever já mas assim o blog fica a parecer movimentado. Isto de me pôr para aqui a escrever é mais ou menos como uma conversa telefónica com a Samicas: não há nada para contar, não há nada para contar, vai-se a ver e passou uma hora de conversa fascinante.
** que isto de depois de termos filhos a medida do nosso amor pelas pessoas ser indissociável do carinho que manifestam pelas nossas crianças dava um post dos bons mas não sei se terei tomates para aqui o pôr por receio de ferir... De ferir, prontos.
E os filhos na cama a delirar...
Fica para depois que agora não há clima, gripes do demo.
Para rematar uma sequência de dias cheios de alegrias, hoje chegou-me esta, directamente do Brasil:
Iuhuu!