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O meu filho mais velho participou numa parte da nova campanha do(a?) IKEA.
Quando nos pediram para o incluir no lote de miúdos que ia participar na 1ª fase, avisaram-nos que, numa 2ª fase, teriam de fazer filmagens lá em casa com a participação de toda a família. Quando soube disto, fiquei, no meu intimo, a torcer para que ele não fosse escolhido para a fase seguinte, o que acabou por acontecer.
Agora que a campanha anda por aí a bombar, confesso, fiquei cheia de pena dele não ter sido incluído. A ideia é muito original, deve ter sido uma satisfação enorme para as crianças verem o seu projecto realizado e não é despiciendo, o facto do realizador ser uma pessoa de relevada competência dentro do meio. Até a exposição familiar acabou por não ser nada por aí além.
Tenho para mim que o que desmotivou os publicitários foi a confrontação que tiveram com a fronha dos pais.
Alerta, filho delirante: a Maria aceitou o meu pedido de amizade no Facebook.
Há uns meses não ia ao cinema. Talvez desde Março/Abril.
Agora, como apaixonada que sou, estou empolgada com a quantidade de filmes a estrear que quero ver.
Há duas semana vi "O Mascarilha" - Bom!
Esta semana vi "A Gaiola Dourada" - Bom! Recomendo - dá p/ rir e p/ chorar. Belo filme português que está a fazer um enorme sucesso de bilheteira
Esta semana ainda quero ir ver "Jobs" - já ouvi muitas histórias sobre este guru e tenho imensa curiosidade.
Em Setembro quero ir ver: "O Mordomo" - só pelo trailler antevejo um ganhador de vários Óscares; "Diana" - adorava-a; e "Rush" - a biografia do Niki Lauda.
Não percebo nada de fado mas compreendo muito bem o entusiasmo dos jornalistas e críticos que escrevem que nasceu a maior estrela desde a Amália, não é preciso saber de fado para perceber porquê. Ainda por cima é giríssima e tem uma graça brutal a falar. Sempre tive para mim que quando se é genuíno, desafectado e convicto do que se faz, a conversa e a atitude são inteligentes. Ah, que diferença em relação a outra fadista que por aí bomba e que nas entrevistas até dá pena tal a pobreza das ideias que não tem nem sabe expressar.
Vou usar o exemplo da Gisela João para provar à minha mãe e ao meu marido que dizer palavrões e ser bem-educado não são incompatíveis. Eles nem parecem gente do norte, porra!
Como é que, daqui a uns anos, não vou ter vontade de ter mais um filho (bem, sendo sincera, se fosse uma filha seria ouro sobre azul)?!*
O pequenote de 14 meses está de se comer: anda e corre, dá beijinhos, faz adeus energicamente, diz olá e outras palavrinhas, encosta a cara a tudo o que é almofada, está sempre a sorrir, guincha de entusiasmo quando brinca com o irmão, quer comer sozinho, estica o dedinho para tocar no iPad, amua (hilariante), dá chutos na bola e... DORME A NOITE TODA!
E o que faz derreter qualquer coração mais empedernido é ver a relação dele com o Francisco: olha para o irmão de forma completamente embevecida e o mais velho larga umas de me deixar absolutamente rendida: "ó mãe, olha a carinha dele, é linda", "ter um irmão foi a melhor aventura do mundo", "adoro-o".
Espero que se mantenham sempre assim.
*Segundo o meu obstetra (vénia, vénia) hoje em dia é aceitável pensar em engravidar até aos 45 anos.
Desde o ano passado a bombar nas idas à praia, ele comporta tudo, toalhas, lancheira, brinquedos, guarda-sol, cadeira, roupa extra para os miúdos, cremes, bolsa com as minhas coisas. A verdadeira mochila do Sport Billy.
Alguém conhece alguém que conheça alguma criança cujas amígdalas tenham voltado a crescer depois da operação de redução? Se sim, podem por-nos em contacto para eu deixar de sentir que o António é exemplar único no mundo?
E conhecem alguém que faça a vacina anti-alergias Sublivac para eu saber se realmente tem resultados?
Grata pela atenção mas muito desmoralizada.
Não adoro esta jornalista mas admiro-lhe a coragem e muitos textos. E, apesar do ''name droppping'' habitual e alusões de sofisticação nela habituais, gostei imenso da continuação que inventou para ''Os Maias''.
A JORNALISTA Cristina Ferreira publicou um interessante artigo no “Público” sobre as reformas de três atuais presidentes de bancos rivais da Caixa Geral de Depósitos. O fundo de pensões da Caixa, cito, “paga, total ou parcialmente, reformas a António Vieira Monteiro, do Santander Totta, Tomás Correia, do Montepio Geral, e Mira Amaral, do BIC Portugal.” Três ativíssimos reformados. Vale a pena perceber como aqui chegámos. Durante décadas, os fundos de pensões dos seguros e da banca privada foram constituídos pela capitalização das contribuições das próprias empresas, entidade patronal, e dos seus funcionários, não onerando o Estado. O Estado não era responsável pelas pensões nem pela capitalização desses fundos. Desde os anos 60 era este o sistema, tendo o primeiro contrato coletivo de trabalho sido livremente negociado, rompendo com o sistema corporativo, entre o Grémio dos Bancos e o Sindicato dos Bancários em 1971. No marcelismo. Em 1980, durante o primeiro governo da AD, com Cavaco Silva, as pensões de reforma passam a ser atribuídas a beneficiários no fim do exercício de certas funções independentemente de estarem ou não em idade da reforma. Uma pessoa podia exercer o cargo de administrador do Banco de Portugal ou da CGD durante um ou meio mandato, e tinha direito à reforma por inteiro a partir do momento em que saía da instituição. Não recebia na proporção do tempo que lá tinha estado ou da idade contributiva. Recebia por inteiro. E logo. Na banca pública, podia acontecer o que aconteceu com Mira Amaral, que, segundo Cristina Ferreira, depois de ter gerido a CGD, “deixou o banco com estrondo”. “Na sequência disso, Mira Amaral reformou-se.” Ao fim de dois anos. Segundo ele, quando se reformou teve direito a “uma pensão de 38 anos de serviço, no regime unificado, Caixa Geral de Depósitos e Segurança Social. Depois de ter descontado desde os 22 anos para a Caixa Geral de Aposentações”. O que é certo é que Mira Amaral recebe uma parte da sua reforma do fundo de pensões da CGD, que está em “austeridade”, acumula prejuízos e recorreu a fundos públicos para se capitalizar. Mira Amaral trabalha como presidente-executivo do BIC, dos angolanos, em concorrência com o banco do Estado. Não é o único. Jorge Tomé, presidente do Banif, banco que acumula prejuízos, que não conseguiu vender as obrigações que colocou no mercado e que recorreu a fundos públicos, estando 99% nacionalizado, foi do Conselho de Administração da Caixa. Pediu a demissão da Caixa quando foi para o Banif, mas teve direito a “pedir reforma por doença grave”, segundo ele mesmo. A “doença grave” não o impediu de trabalhar no Banif e, no texto de Cristina Ferreira, não esclarece qual o vínculo que mantém com a Caixa. A CGD paga a cerca de uma vintena de ex-administradores cerca de dois milhões brutos por ano. Dois destes ex-administradores, António Vieira Monteiro do Santander Totta e Tomás Correia, do Montepio Geral, junto com Mira Amaral, recebem reformas (totais ou parciais) do fundo de pensões da CGD, trabalhando, repito, em bancos da concorrência. As reformas mensais destes três ex-gestores, que não são ilegais, porque a lei autoriza o trabalho depois da reforma e descontaram para o sistema de previdência social, andavam entre os 16.400 e os 13.000 euros brutos. Depois dos cortes situam-se à volta dos 10.000 euros brutos. À parte esta perversão, legal, o Estado resolveu, para abater a dívida pública, comprar os fundos de pensões da banca, das seguradores e de empresas privadas como a PT, comprometendo-se a pagar no futuro as pensões aos seus trabalhadores. Resta demonstrar se o capital desses fundos de pensões será suficiente para os compromissos das pensões presentes e futuras ou se o Estado se limitou, para equilibrar as contas naquele momento, a comprometer todo o sistema público de Segurança Social e aposentações. Porque os fundos eram, são, vão ser, insuficientes. A partir de agora, as pensões da banca privada passaram, simplesmente, a ser responsabilidade pública. Tolerando-se, como se vê pelos exemplos, a acumulação de pensões de reforma públicas com funções executivas privadas e concorrentes. O advogado Pedro Rebelo de Sousa, presidente do Instituto Português de Corporate Governance, IPCG, não vê nisto nenhum problema, nem sequer na legitimidade de o Estado pagar reformas (incluindo, supõe-se, por invalidez ou ao cabo de dois anos de mandato) a ex-gestores da CGD que agora presidem a grupos rivais. Diz ele que “a reforma é um direito adquirido”. E eu que pensava que a reforma dos pequenos reformados, dada a e a austeridade, era um falso direito adquirido, como os ideólogos e teólogos deste governo e da sua propaganda não se cansaram de nos fazer lembrar.