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Depois de narizes, gargantas obstruídas (outra vez)

por titi, em 20.08.13

Alguém conhece alguém que conheça alguma criança cujas amígdalas tenham voltado a crescer depois da operação de redução? Se sim, podem por-nos em contacto para eu deixar de sentir que o António é exemplar único no mundo?

E conhecem alguém que faça a vacina anti-alergias Sublivac para eu saber se realmente tem resultados?

Grata pela atenção mas muito desmoralizada.

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Eu, a opinar sobre futebol (estou aqui estou a candidatar-me a um cargo político)

por titi, em 20.08.13

Acho tão bonito quando os pequenos abrem caminho e ombreiam com os grandes!

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Pluma Caprichosa

por titi, em 20.08.13

Não adoro esta jornalista mas admiro-lhe a coragem e muitos textos. E, apesar do ''name droppping'' habitual e alusões de sofisticação nela habituais, gostei imenso da continuação que inventou para ''Os Maias''.

E eu que pensava que a reforma dos pequenos reformados, dada a e a austeridade, era um falso direito adquirido

A JORNALISTA Cristina Ferreira publicou um interessante artigo no “Público” sobre as reformas de três atuais presidentes de bancos rivais da Caixa Geral de Depósitos. O fundo de pensões da Caixa, cito, “paga, total ou parcialmente, reformas a António Vieira Monteiro, do Santander Totta, Tomás Correia, do Montepio Geral, e Mira Amaral, do BIC Portugal.” Três ativíssimos reformados. Vale a pena perceber como aqui chegámos. Durante décadas, os fundos de pensões dos seguros e da banca privada foram constituídos pela capitalização das contribuições das próprias empresas, entidade patronal, e dos seus funcionários, não onerando o Estado. O Estado não era responsável pelas pensões nem pela capitalização desses fundos. Desde os anos 60 era este o sistema, tendo o primeiro contrato coletivo de trabalho sido livremente negociado, rompendo com o sistema corporativo, entre o Grémio dos Bancos e o Sindicato dos Bancários em 1971. No marcelismo. Em 1980, durante o primeiro governo da AD, com Cavaco Silva, as pensões de reforma passam a ser atribuídas a beneficiários no fim do exercício de certas funções independentemente de estarem ou não em idade da reforma. Uma pessoa podia exercer o cargo de administrador do Banco de Portugal ou da CGD durante um ou meio mandato, e tinha direito à reforma por inteiro a partir do momento em que saía da instituição. Não recebia na proporção do tempo que lá tinha estado ou da idade contributiva. Recebia por inteiro. E logo. Na banca pública, podia acontecer o que aconteceu com Mira Amaral, que, segundo Cristina Ferreira, depois de ter gerido a CGD, “deixou o banco com estrondo”. “Na sequência disso, Mira Amaral reformou-se.” Ao fim de dois anos. Segundo ele, quando se reformou teve direito a “uma pensão de 38 anos de serviço, no regime unificado, Caixa Geral de Depósitos e Segurança Social. Depois de ter descontado desde os 22 anos para a Caixa Geral de Aposentações”. O que é certo é que Mira Amaral recebe uma parte da sua reforma do fundo de pensões da CGD, que está em “austeridade”, acumula prejuízos e recorreu a fundos públicos para se capitalizar. Mira Amaral trabalha como presidente-executivo do BIC, dos angolanos, em concorrência com o banco do Estado. Não é o único. Jorge Tomé, presidente do Banif, banco que acumula prejuízos, que não conseguiu vender as obrigações que colocou no mercado e que recorreu a fundos públicos, estando 99% nacionalizado, foi do Conselho de Administração da Caixa. Pediu a demissão da Caixa quando foi para o Banif, mas teve direito a “pedir reforma por doença grave”, segundo ele mesmo. A “doença grave” não o impediu de trabalhar no Banif e, no texto de Cristina Ferreira, não esclarece qual o vínculo que mantém com a Caixa. A CGD paga a cerca de uma vintena de ex-administradores cerca de dois milhões brutos por ano. Dois destes ex-administradores, António Vieira Monteiro do Santander Totta e Tomás Correia, do Montepio Geral, junto com Mira Amaral, recebem reformas (totais ou parciais) do fundo de pensões da CGD, trabalhando, repito, em bancos da concorrência. As reformas mensais destes três ex-gestores, que não são ilegais, porque a lei autoriza o trabalho depois da reforma e descontaram para o sistema de previdência social, andavam entre os 16.400 e os 13.000 euros brutos. Depois dos cortes situam-se à volta dos 10.000 euros brutos. À parte esta perversão, legal, o Estado resolveu, para abater a dívida pública, comprar os fundos de pensões da banca, das seguradores e de empresas privadas como a PT, comprometendo-se a pagar no futuro as pensões aos seus trabalhadores. Resta demonstrar se o capital desses fundos de pensões será suficiente para os compromissos das pensões presentes e futuras ou se o Estado se limitou, para equilibrar as contas naquele momento, a comprometer todo o sistema público de Segurança Social e aposentações. Porque os fundos eram, são, vão ser, insuficientes. A partir de agora, as pensões da banca privada passaram, simplesmente, a ser responsabilidade pública. Tolerando-se, como se vê pelos exemplos, a acumulação de pensões de reforma públicas com funções executivas privadas e concorrentes. O advogado Pedro Rebelo de Sousa, presidente do Instituto Português de Corporate Governance, IPCG, não vê nisto nenhum problema, nem sequer na legitimidade de o Estado pagar reformas (incluindo, supõe-se, por invalidez ou ao cabo de dois anos de mandato) a ex-gestores da CGD que agora presidem a grupos rivais. Diz ele que “a reforma é um direito adquirido”. E eu que pensava que a reforma dos pequenos reformados, dada a e a austeridade, era um falso direito adquirido, como os ideólogos e teólogos deste governo e da sua propaganda não se cansaram de nos fazer lembrar.

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Dá para disfarçar?

por Checa, em 20.08.13

Detesto quando um homem fala comigo com os olhos desviados para baixo num ângulo de 45º.

 

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O que Jorge Buescu sabe sobre as mulheres

por titi, em 20.08.13

Li este testemunho do matemático Jorge Buescu na defunta ''Pública'' há uma data de anos, achei tanta graça e identifiquei-me tanto com ele que nunca o esqueci. Aqui o recupero.

 

Sei muito pouco sobre as mulheres, mas isso é um lugar-comum. Teoricamente, teria obrigação de saber mais porque cresci numa família de mulheres: a minha mãe e três irmãs mais velhas. O meu pai faleceu quando eu tinha seis anos, tenho umas memórias muito longínquas dele. Meio a brincar, digo que tive quatro mães.

Há uma questão de comunicação. Tendencialmente, os homens são animais do hemisfério esquerdo, ligado às questões da lógica, do espírito analítico, do raciocínio numérico, aritmético. O hemisfério direito está ligado a outras questões - à intuição, à comunicação não verbal, à linguagem dentro de contexto. Felizmente, todos temos hemisfério esquerdo e direito. Mas as mulheres são mais intuitivas, de decisão mais rápida e imediata, com uma comunicação não verbal dentro de contexto mais perceptível. Os homens precisam de mais tempo e mais dados para tomar decisões, são mais racionais, se as coisas não estão preto no branco não são capazes de se aventurar.

Na casa da minha mãe, às vezes parecia que elas estavam a falar entre si em código. Diziam uma coisa imprecisa, entendiam-se e eu ficava sempre de fora. Quando a minha mulher foi lá pela primeira vez, a minha mãe a certa altura disse-lhe - "Ó Catarina, passa aí o coiso dos coisos." Ela percebeu: era a base para pôr os tachos quentes. Eu vivia lá em casa e não sabia. E a ela bastou-lhe olhar para perceber o contexto. Ainda hoje falamos sobre isso. Isso faz parte da comunicação informal que funciona via hemisfério direito. Nós devemos ter umas ligações menos eficientes.

Acho que se aplica aqui o princípio de Pareto [Vilfredo Pareto, 1848-1923], estabelecido por um economista que viu que 80 por cento da riqueza em Itália era detida por 20 por cento das pessoas. A regra dos 80-20 funciona bem em muitos contextos. Por exemplo, 80 por cento do nosso trabalho é feito em 20 por cento do tempo. As mulheres funcionam assim: tomam decisões com 20 por cento dos dados e 80 por cento das vezes a decisão está certa. Os homens são mais analíticos, mais chatos, precisam de mais dados, correm o risco de paralisar por excesso de análise.

O maior prémio mundial da Matemática, a medalha Fields, nunca foi atribuído a uma mulher. É espantoso, porque as ciências duras - Física, Química, Biologia - precisam de material, de laboratórios, e há mulheres com Nobel nessas áreas. A Matemática é papel e lápis, pode ser feita em casa. Em Portugal, sempre houve muitas estudantes mas depois ficavam no ensino, não iam para a investigação. Talvez seja um fenómeno geracional. Isto tem raízes históricas, evidentemente.

A francesa Sophie Germain [1776-1831] queria fazer Matemática mas não podia inscrever-se na École Polytechnique por ser mulher. Fez-se passar por um homem para ter acesso aos apontamentos, tomou um lugar de um aluno chamado Antoine-Auguste Le Blanc que deixou de ir às aulas. Estudava em casa, submetia os trabalhos resolvidos. O maior matemático da altura, Joseph Lagrange, chamou o Monsieur Le Blanc porque as soluções eram extraordinárias: apareceu-lhe à frente uma mulher. Ela fez contribuições importantes em Matemática mas, quando faleceu, o epitáfio identificava-a simplesmente como "rentière-annuitante", uma mulher que vivia de rendimentos.

A alemã Emmy Noether [1882-1935] foi uma matemática de primeira linha. Em 1915, David Hilbert, o mais destacado matemático de então, convidou-a para trabalhar com ele em Gottingen mas o departamento não aceitou, por ser uma mulher. Ficou quatro anos a dar aulas e a fazer investigação sem ser paga, até aceitarem contratá-la. O Hilbert perguntava, com muita graça: "Mas isto é um departamento de Matemática ou é um balneário?" Não foi há tanto tempo assim, foi há 90 anos!

A par do rigor lógico, a investigação matemática tem uma componente de intuição que é subvalorizada. São necessários os dois hemisférios: o direito para adivinhar os resultados e o esquerdo para prová-los. À partida, as mulheres não têm qualquer handicap para a profissão matemática.

Sou casado há mais de 18 anos e às vezes descobrimos coisas inesperadas um no outro. Temos interesses comuns, às vezes dizemos a mesma coisa ao mesmo tempo, sabemos que gostamos do mesmo tipo de filmes, exposições, literatura. Conhecemo-nos cada vez melhor. Não obstante, o universo feminino para mim é bestialmente misterioso. Quando vejo nas revistas femininas coisas como os jogos de sedução, parece-me a descrição da vida em Marte. Não me considero um nerd, mas penso - onde é que isto acontece?

Ana Sousa Dias (a partir de uma conversa com Jorge Buescu)

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Oláááá

por chicafestarola, em 20.08.13

Oláááá Queridas Amigas,

De regresso de férias, ainda com jet lag, de quem se deitava todos os dias pelas 3h e acordava ao meio-dia.

Hoje nem ouvi o despertador...foi um corropio de manhã p/ não chegar mt tarde ao trabalho.

Como é duro regressar de férias!!!

bjns a todas e boa semana.

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Snif, snif

por titi, em 20.08.13

Como se não bastasse já não se usarem fraldas cá em casa nem de noite, irmos desmontar o muda fraldas e a cama de grades, mais um resto de bebezez desandou daqui directamente para o caixote do lixo. Este foi por se estar a despedaçar depois de seis anos e tal de uso constante.

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