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Ó gente que gosta de blogs

por titi, em 29.08.13

Conhecem isto?

Faz-me poupar tanto tempinho por dia...

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E daqui a um mês ...

por titi, em 28.08.13

Como é que nos vamos aguentar até lá, I ask?

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Adenda

por titi, em 27.08.13

Hoje de manhã na praia, em conversa muito profunda sobre o sítio onde moramos:

Eu -''Eu adoro o sítio onde vivemos, só gostava de mudar se fosse para uma casa virada para o mar''

António - ''Mas assim ia haver muita humidade.''

Eu - ''Isso é verdade..''

António - ''O que é humidade?''

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Tanta inocência

por titi, em 26.08.13

A cabecinha tão racional que às vezes até faz impressão do António, tão pouco dada a fantasias, sempre a funcionar com tanta intensidade que às vezes tenho medo que deite fumo, ainda assim larga destas:

 

No Aqueduto das Águas Livres, quando lhes contei que antigamente aquela era uma passagem para se chegar a Lisboa vindo das quintas do outro lado e que havia um bandido, Diogo Alves, que assaltava as pessoas lá em cima (escusei-me de lhes contar que atirava as vítimas dali para baixo) mas acabou por ser preso, perguntou

''E quando a pollícia o apanhou, ele chorou?''

 

 

Noutro dia à noite, no momento meditabundo que antecede o de adormecer:

''Mãe.. Mãe...''

''Diz.''

''Achas que alguma vez na vida vou ver um Bugatti Veyron?''

 

 

Na sequência de uma festa da escola em que a turminha dele levou à cena uma peça de teatro da autoria deles em que todos deram o máximo e cujo resultado os deixou felicíssimos, nos dias seguintes à encenação os miúdos andavam todos meios ressacados com saudades dos ensaios e da agitação das semanas anteriores. Vai daí, alguém deu a ideia de voltarem a exibir a peça só para eles e para as famílias que quisessem voltar a assistir. Quando estavam a discutir qual seria o sítio adequado para isso, um sítio agradável, com espaço suficiente para montarem um palco e agradável para se fazer um piquenique, o António disponibilizou a casa da prima Clarinha, aos olhos dele e nossos o mais esplendoroso dos palácios. O entusiasmo com que a oferta foi feita tal que a educadora me telefonou para marcarmos a data em que a a dita prima acolheria e forneceria lanche a 15 e famílias, que para o menino não é só a casa mas também os petiscos que lá se apresentam são do melhor que ele tem para oferecer aos amigos. Como nós, enfim.

 

 

Só mais esta que brotou da boca do primo Afonso, fanático por futebol:

''Mãe, o que é que eu faço de o Real Madrid me vier buscar?''

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Agarrem-me que eu vou-lhes às ventas

por titi, em 26.08.13

''pensar fora da caixa''

''zona de conforto''

''empreendedorismo''

 

Há uns anos era o ''fantástico''. Onde antes se ouvia ''é giro'', ''é espectacular'', ''é o máximo'', sei lá, expressões meias parvas mas pelo menos em variedade, de um momento para o outro passou a ser tudo ''fantástico''.

Agora é  ''pensar fora da caixa'', ''agir fora da caixa'', sair da ''zona de conforto'', ''empreender'' e o caraças.

Que NOJO! Que banhadacobrice, que fantochada. Quando ouço o paleio da seita do empreendedorismo sinto-me numa feira a ouvir aqueles vendedores da banha da cobra que falam muito depressa e espremido não dá nada a não ser vontade de rir.

Tanta macacada para quê? Quando efectivamente se é (inteligente, empenhado, brioso, obsessivo, bom comunicador, minucioso), para quê um esforço tão grande para parecer?

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Os entas

por Checa, em 26.08.13

Este ano faço 40 anos, só muito lá para o fim do ano, mas ainda assim há que enfrentar a realidade: entrarei em 2014 já quarentona.

Nunca foi algo que me tirasse o sono mas há que admitir que, neste momento, não estou deleitada com esta perspectiva. Nem é exactamente por ser eu a fazer os 40 anos: metade da vida (na melhor das hipóteses), as rugas, a gravidade a dar os ares da sua (des)graça e tal. É pensar na geração anterior à minha (pais, tios) que está a ficar velha, é ver os filhos crescer demasiado depressa, é a possibilidade de uma doença daquelas mesmo más dar conta de mim (hipocondríaca, hipocondríaca), e tantas outras coisa que uma mente que pensa demasiado e sofre com 20 anos de antecipação, imagina.

Numa tentativa de contrariar esta nuvenzinha negra, estou, pela primeira vez, a pensar na hipótese de festejar à grande esta data. Com os amigos que foram importantes durante estes 40 anos, sem crianças e com um bom DJ que ponha os sucessos dos anos 80 que tanto me(nos) fizeram dançar.

Fazendo anos num dia chato (26 de Dezembro) teria de adiar a festa para mais tarde. Já me questionei se uma festa no dia 31 de Dezembro teria adesão... que acham?

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Declaração de amizade

por Checa, em 25.08.13

Outro dia num jantar com amigas (das mesmo boas, daquelas que já não é possível fazer aos 40), uma disse: "Tenho lido o teu blog" e a outra reiterou "Olha, eu também".

Eu estremeci de vergonha. Credo, cruzes, pessoas próximas a ler o que tenho escrito. Nem me lembrava de ter partilhado o endereço com elas.

Juro que fiquei incomodada. É muito mais fácil imaginar um estranho a ler os posts absolutamente desinteressantes que tenho escrito do que duas das minhas melhores amigas.

Mas pronto, aproveitando o facto de ser muito mais fácil escrever do que dizer: meninas, adoro-vos!

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Saudades de férias que já passaram

por Checa, em 24.08.13

Em 2009 fui com o esposo (na altura só havia um filho e ficou com os avós) à Islândia.

É um país com o tipo de paisagem que adoro: fria, agreste, diferente, deserta nalguns locais, quase lunar noutros.

Gostámos tanto que equacionamos lá voltar com os miúdos para o ano.

Aqui fica uma amostra do que foi uma semana perfeita:

 

 

 

 

 

 

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Valério Romão

por titi, em 23.08.13

"Ao escritor cabe apontar uma luz forte para os cantos mal iluminados da sala. Não é preciso inventar nada. Só desocultar o que já lá havia."

 

Há nas livrarias um terramoto à espera de quem seja capaz de o atravessar e depois colar os cacos.

Quando li o conto deste autor que saiu no primeiro número da Granta, percebi logo que ali havia coisa promissora, diferente de tudo o que já tinha lido e muito melhor e mais perturbador do que quase tudo o resto. Quando comecei a ler as recensões nos jornais, desvairei-me para ter este:

Li-o, vou recompor-me e, assim que me sentir capaz, será a vez deste:

Aviso: nada recomendável a quem espera da leitura pacatos momentos de evasão.


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A freira pop

por titi, em 23.08.13

A freira da Pop Art

Bruscamente, neste verão de 2013, duas paredes da Caixa Geral de Depósitos [Culturgest, Lisboa] transformam-se numa improvável catedral. Não se espantem. Na exposição ali patente, “Tell It To My Heart”, que reúne a coleção de Julie Ault, há uma secção fora do formato, em muitos sentidos. É a oportunidade imperdível para contactar com um conjunto radical de arte sacra assinada por uma freira de olhar doce, a irmã Corita Kent [1918-1986].

Contemporânea de Andy Warhol e de Rauschenberg, ela foi talvez a primeira artista a trazer uma dimensão religiosa à pop art. Enquanto Warhol celebrava em Nova Iorque (com mais ironia do que reverência, é verdade) a cultura de consumo e os seus ícones, Corita, numa escola de freiras em Los Angeles, utilizava a tipografia comercial e o grafismo da publicidade para comunicar outros ideais: a fé, a paz, a participação das mulheres na vida social, os direitos civis, a luta contra o racismo.

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No mesmo ano em que Andy Warhol apresenta as famosas latas de sopa Campbell (o ano de 62), a irmã Corita pega num slogan da Pepsi ("Come alive, you're in the Pepsi generation!") e transforma-o em "Come Alive!", uma espécie de alogio à vida.

Era este o seu estilo: cortar, colar, recompor, recontextualizar o prolífero arsenal da cultura popular, tentando identificar onde quer que fosse, e sem nenhum tipo de constrangimento, uma mensagem de espiritualidade e de amor.

O Espírito sopra, de facto, onde quer. Não admira que a irmã Corita juntasse, nas mesmas serigrafias, ditos de Jesus e extratos da banda desenhada do Snoopy, canções do Beatles e textos de santos, discursos de Martin Luther King Jr. e frases de Beckett, poemas de Walt Whitman ou Rilke e palavras de ordem do grupo de rock psicadélico Jefferson Airplane.

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E ela justifica-se assim: "Hoje a satisfação inifinita daquilo de que o homem tem fome surge-nos não só nos contos de fadas ou nos poemas, mas em outdoors, anúncios e reclames televisivos.

Quanto aprendemos a fazer com os mitos e parábolas, deveríamos também aplicar aos painéis publicitários. Em certo sentido, é tão simples como isto: tomá-los pelo que são, sinais. Glória a Deus pelas paisagens urbanas - elas tresandam de sinais. Glória a Deus pelas revistas dos escaparates - elas transbordam de publicidade."

Memoráveis são também as regras que, segundo ela, deveriam inspirar todo o trabalho de criação.

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Regra um: procura um lugar que julgues de confiança e experimenta confiar nele por algum tempo;

regra dois: deveres gerais de um estudante - aproveita o melhor possível o teu professor; tira o melhor partido dos teus colegas;

regra três: deveres gerais de um professor - retira o melhor dos teus alunos;

regra quatro: considera tudo uma experiência;

regra cinco: sê autodisciplinado - isso significa encontrar alguém sábio ou inteligente e escolher segui-lo; ser disciplinado quer dizer segui-lo bem; ser autodisciplinado quer dizer segui-lo melhor;

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regra seis: não existem erros; não existem vitórias ou derrotas, só existe o fazer;

regra sete: a única regra é o trabalho; se trabalhares, isso vai levar-te a alguma parte; são as pessoas disponíveis, a cada momento, para qualquer trabalho, que conseguem fazê-lo;

regra oito: não tentes criar e analisar ao mesmo tempo; são processos diferentes;

regra nove: sê feliz sempre que possas; diverte-te; é mais fácil do que pensas;

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regra dez: "Quebremos todas as regras. Até mesmo aquelas que inventámos para nós próprios" (John Cage);

sugestões: continua sempre por perto; vai ou volta dos vários eventos; participa nas aulas; lê tudo aquilo que te cai nas mãos; vê os filmes com cuidado e muitas vezes; guarda tudo - pode vir a ser-te útil mais tarde.

 

José Tolentino Mendonça
In Expresso, 10.8.2013
Imagens: Trabalhos de Corita Kent

Ainda vou conseguir passar na CGD para ver...

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