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O Vasco faz parte da nossa familia, com fralda ou sem fralda vai para a praia com muito gosto.
(Resposta da directora do infantário do António ao mail em que lhe perguntava se o Vasco, apesar de ainda não ser lá estudante, podia fazer praia com os meninos da escola e explicava que ele só usa fralda para dormir mas ainda há muitos acidentes).
Digo-vos, amigos, um infantário como este, onde nos sentimos efectivamente parte de uma família, é um em um milhão.
Finalizados os exames, FÉRIAS!!!
Nós continuamos a trabalhar mas eles começam as colónias de férias. E basta isso para tudo mudar cá em casa. Dormimos mais, não há TPC's, não há más caras, não há rotinas... Todos mais felizes e descontraídos...
Com dias grandes e calor, melhor ainda...
O cansaço das aulas é substituído por outro tipo de cansaço, mais feliz, físico... O mais pequeno está com um ar tão saudável! A mais velha, coitada ainda vai no primeiro dia!
Esta foi a primeira semana de colónia e muitas outras se seguirão.
Querem saber o que arranjei para este ano? Não é fácil, acreditem...
Pois vai ser assim: Junta de Freguesia de S. Martinho, Palmo de Terra (cavalos), CCD (do meu trabalho), escuteiros, bodyboard/surf.
Pelo meio uns dias com os avós e outros comigo...
No fim de tudo isto: as verdadeiras férias grandes!!! Todos juntos, numa grande aventura, mesmo antes do início das aulas...
Só faltam 2 meses!!!
As I walked out the door toward the gate that would lead to my freedom, I knew if I didn't leave my bitterness and hatred behind, I'd still be in prison.
A mim, pobre criatura com pensamentos assassinos quando um carro estaciona a impedir o meu de sair ou quando o cão da vizinha de baixo uiva sem cessar duarnte a noite, a história desta vida comove até às entranhas.
Incrivelmente, conheço outra pessoa em quem vejo os mesmos sinais de bondade, resiliência e, porque não dizê-lo, santidade. Um dia destes falo dele aqui.
Este ano tive exames cá em casa. A B. está no 6o ano... Matemática e Português...
E com esta novidade veio outra: as férias de exames! Três semanas (ou quase)!!!
Ora eles têm 11/12 anos.
O que pensará quem assim decidiu? Vou avançar várias hipóteses:
1. que ficariam em casa sozinhos a estudar todo o dia
2. que os pais tirariam férias para os ajudar a estudar
3. que os professores se iam oferecer para lhes dar aulas de apoio nas 3 semanas (no meu caso, houve 5 aulas, em 3 dias!)
4. que iriam na mesma para colónias de férias e estudariam à noite
5. que os pais teriam dinheiro para pagar 3 semanas de "centros de estudo"
6. que todos esses alunos têm avós com quem ficar e com quem estudar
Pois cá em casa não se aplicou nenhuma destas soluções.
Tive de me virar, como sempre. Como tenho um chefe muito compreensivo, pude levá-la comigo, para o trabalho. Lá eu estava por perto, não se distraía e podia orientá-la. Fazia uns belos intervalos e almoçava comigo. Correu bem. Mas quantos puderam fazer o mesmo?
Nesta idade bem que podiam fazer os exames na semana seguinte ao fim das aulas. Seria bem mais fácil para todos...
Bolas, bolas, bolas!!!!!!
E eu que ando mentalizada há semanas para o dia de hoje!!!
É que decidi que ia fazer greve. Ah, pois ía...
Mas ontem à noite fui surpreendida por um terrível "telefona"! De quem? Perguntam cês!
Da minha "conta bancária"!!!!!!!!
Foi uma bela de uma discussão!!!! Demorou horas, tirou-me o sono, a tranquilidade e deixou-me verdadeiramente irritada para os próximos tempos.
Não é que a "desgraçada" me convenceu que tinha de vir trabalhar!!!!
BOLAS!!! BOLAS!!!!
Não é justo.
Pronto desabafei...é que estou mesmo irritada.
:(
Os posts agendados dão nisto.
(É que ontem deu-me a febre dos posts e, para dar vazão ao ímpeto sem sufocar o blog e sem esganar a paciência de quem aqui vier, agendei uma data deles).
No fim-de-semana que passou, eu e a Titi fomos a um casamento de uma quase-familiar.
Tendo em conta o recente interesse do Francisco em questões religiosas, fiz questão de o levar à igreja.
Portou-se lindamente, sossegado, atento mas sempre com o seu espírito crítico aguçado.
Depois dos meninos que levavam as alianças percorrerem, à frente da noiva, a igreja até ao altar, surge a pergunta #1: "Mãe, estes meninos também se vão casar?"
Já a meio da missa, pergunta #2: "Isto é tudo ouro? Dava para comprar uma Wii!!"
Apeteceu-me responder "Sim, dava para uma Wii e para matar a fome a muitas famílias das redondezas"
Parece que me tiraram as palavras da boca.
''Coitadinho, tão pequenino e já é vadio!''
(António, quando dentro do carro vimos um gatinho vadio a passar)
''Isto é tudo ouro? Se calhar dava para comprar uma Wii!''
(Francisco, a olhar contemplativamente para a talha dourada da igreja em que estávamos a assistir a um casamento no sábado passado)
''Aqueles meninos também vão casar?''
(Francisco, na mesma ocasião, quando viu dois pequenitos engalanados a percorrer a nave da igreja com as alianças)
''Não gosto dessa cara!'' (Eu - qual cara?) ''A tua'' (pânico, desgosto) ''Parece de zangada.''
(Vasco, quando ... olhou para mim :-( ).
''Mãe, tenho palavras feias dentro da minha cabeça''
Eu - A sério, quais, podes dizer-me?
''Não, são muito feias''
Eu - A mim podes dizer sem problema.
''Put...''
Eu, falsa - Não faz mal se às vezes pensares, não se deve é dizer essa palavra alto porque é uma palavra desagradável.
''Mas o problema é que eu penso com nomes de pessoas!''
Eu, em pensamento - Olha, também eu!
Eu, alto - Não te preocupes, o importante é não dizeres isso às pessoas.
(António)
Acabei a manhã de hoje a sentir-me, não sei ... pequenina, miudinha, chaaaata. As razões:
1. A minha vizinha de baixo é uma jóia de pessoa. Tão boa, tão boa, tão boa que, quando lhe esmurrei o carro a estacionar o meu e lhe implorei repetidas vezes que me deixasse pagar o arranjo, me ignorou, disse que não liga nenhuma ao carro - desloca-se quase sempre de bicicleta, que inveja - e, se não me engano, nem mandou pintar os riscos. É tão boa, tão boa, tão boazinha que faz de tudo para evitar situações menos agradáveis e nunca, mas nunca resolve nada, pelo menos os assuntinhos desinteressantes mas essenciais ligados à gestão de um pequeno condomínio que têm que funcionar impecavelmente para se manter o bom ambiente. Dá-se o caso de, quando na noite de S. João regressámos da bela festa, termos dado com a escada do prédio toda cagada sem nenhuma possibilidade de os responsáveis serem outros que não ''a vizinha''. Depois de vários dias sem ela ou outro em seu nome ter tomado a iniciativa de pegar numa vassourinha e limpar a terra do chão, mandei-lhe uma SMS a pedir que por favor, resolvesse a situação. Resposta ''estou fora de Portugal há duas semanas, chego no domingo e resolvo. É o meu irmão que está lá em casa.'' Eu contra-ataco, em tom irritado, ''Esqueça, não dá para deixar esta porcaria até domingo, eu limpo, boas férias.'' Ela outra vez ''Estou fora de Portugal a trabalhar mas vou falar com o meu irmão''. Eu, para rematar ''OK, desculpe ter incomodado, um beijo.''
É que a minha encantadora vizinha é médica e - embora isso em nada mude a substância da coisa que é, se patinhas um lanço de escadas com terra é simpático varrer de seguida - imaginei-a a ler a minha SMS enquanto uma criança de um país pobre agonizava à espera que ela a pudesse atender e de repente senti-me, sei lá, mesquinha. Acabei como das outras vezes, a pedir desculpa pelo incómodo.*
* outras vezes = não poder colher ervas aromáticas do meu pátio porque os gatos dela mijam tudo, ter cuidado a entrar no pátio com os miúdos porque o cão dela espalha cagalhotos por todo o lado e ela não limpa, acordar vezes sem fim a meio da noite com os ganidos e pontapés que o cão - muito fofo, por sinal - dá na porta quando ela faz noite e o deixava sózinho em casa. Só que ela é tão boa pessoa, tão peace and love, tão zen que quando tento pedir-lhe que cumpra com aquilo que prometeu e implore ao cão que nos deixe dormir, acabo sempre a pedir desculpa pelo incómodo.
2. Sim, há mais: o estacionamento na nossa rua está a ficar uma selva e, quando cheguei ao carro, havia outro a impedir a saida. A impedir, mais ou menos, porque se eu não me importasse de subir um passeio, conseguia tirá-lo de lá. Mas eu, que subo aquele passeio vezes sem conta quando me convém, hoje, sei lá, não tive vontade. Talvez por me ter lembrado de que ontem o meu marido não conseguiu sair para levar o A. à escola por causa de outro carro que lá estava a impedir a passagem, que chamou a polícia mas ao fim de quarenta minutos de espera desistiu e levou o outro carro. Vai daí eu, antes de zarpar com o carro passeio acima e estrada afora, agarrei num papel e deixei no pára-brisas do infractor um bilhete inflamado que dizia mais ou menos ''se com a sua falta de civismo voltar a impedir a passagem do meu carro, não se espante com as consequências''. Acham que o dono/a terá ficado assustado?