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Tudo nestas imagens é bonito mas a minha preferida é fotografia da cara do pai.
Já viram o vídeo do post anterior, ahn, já?
É tão bom aquele momento em que, depois de semanas a lutar, de repente se acende a luz!
E foi hoje:
Só faltava sair do novelo e olhar o problema com olhos de quem está de fora.
A estratégia aplica-se a todos os tipos de problemas, os meus e os de toda a gente, já o diz esta autora no livro que estou a ler.
Por hoje, parabéns a mim, até mereço ver a Avenida Brasil, a trampa de novela em que me deixei viciar (já repararam na sonoridade horrorosa, estão sempre todos aos berros).
Ontem lá fiz a festa de anos da minha filha, com os amigos da escola.
Tudo correu bem mas estou chocada com os comportamentos deles.
Conheço-os a todos há anos. Uns desde bebés, outros desde os 6 anos e, embora todos bastante "activos", portavam-se bem e tinham maneiras... com 6, 7 ou 8 anos tinham comportamentos de acordo com as suas idades, que eu achava "normais" e que não me surpreendiam.
Ontem, não achei "normais" (mas devem ser!) e surpreenderam-me.
A agitação é enorme e constante. Mesmo sendo fim de dia (a partir das 19h), gritaram e correram quase toda a noite. Chegavam a atropelar-se uns aos outros e, até eu, quase fui ao chão depois de um encontrão.
Convém lembrar, que embora com 11 ou 12 anos, eles são todos do meu tamanho (cerca de 1.53m de altura!!!) e alguns, bem mais altos. As raparigas estão mesmo raparigas, com corpos a mudar e enormes. Os rapazes não parecem tão crescidos mas são igualmente enormes.
Correram, correram, correram... Gritaram, gritaram, gritaram... Gritaram imenso. Todos os motivos serviam. As raparigas neste ponto, ganham com grande vantagem!
Quando chegaram as pizzas iam-se matando. Parecia que não comiam há horas (e já tinham devorado vários pratos!). Havia miúdos com três fatias de pizza na mão, com medo que acabassem. Havia outros sem nada, claro!!!! É que eu só conseguia fazer 3 pizzas de cada vez e desse modo, o esquema que tinha montado, não resultava... Dei-lhes um raspanete, claro!
Quando montei a "banca" de gelados voltou a acontecer o mesmo. Acham normal???? Tive que pôr ordem novamente...
Houve alturas em que não tive descanso. Eu que pensava ter um jantarinho a quatro (estavam cá dois amigos nossos), descansado e descontraído, deixando-os à vontade... Tive mais trabalho com eles ontem que na festa do meu filho, que tem 8 anos.
Só estiveram entretidos em duas situações. Uma, em que todo o grupo jogou ao "verdade e consequência"!!!! Lembram-se? Ainda existe... Por um lado foi bom pois estiveram sossegados, todos sentados no meio da relva... Não ouvi nada por isso não posso fazer comentários... Foi nessa altura que consegui sentar-me. A outra situação, foi durante um jogo nocturno que o meu marido preparou. Correu bem e eles gostaram...
De tudo o que aconteceu ontem, houve uma coisa que me chocou. Acreditam que passei toda a festa a apanhar comida do chão? e pior que isso, eles atiram copos, pratos, papéis, e afins para o chão, no jardim e dentro de casa???? Ainda hoje enchi um saco com lixo que apanhei ao dar uma volta à casa. Estou impressionada... mal impressionada! Será que eles com a idade desaprendem? Ou é uma fase? Será que a minha filha se comporta assim na casa dos amigos?
Ontem deitei-me a pensar que, se calhar, também fomos assim. Lembro-me que gritavamos muito...
Adolescência, será que vou saber lidar com ela?
Anteontem, estive quase à beira do desespero na cozinha.
Cheguei do trabalho cheia de pressa para fazer uns bolos antes do jantar.
O bolo (que seria o das velas), ao desenformar partiu-se em dois e estava mal cozido no meio...
Os queques, vazaram das formas e depois queimaram-se...
As postas de corvina que decidi pôr numa chapa a grelhar (o forno estava ocupado!) colaram-se ao fundo e insistiam em não descolar... O jantar foi tarde e parecia ter sido retirado do lixo!!! Os meus filhos comeram, gabaram e repetiram. Que queridos!!!
Porque é que há dias na cozinha que tudo corre tão mal?
Resultado:
Com a neura, fui para a cama cedo. Deixei tudo "de pantanas" na cozinha: bolos e loiça...
No dia seguinte, levantei-me cedo e com a cabeça fresca fui arranjando soluções.
Primeiro lavei toda a loiça (tabuleiros, formas, taças). Horas...
De seguida, há que fazer novos queques.
Depois tive de "reconstituir" o bolo. Safou-se... No final, depois de decorado, ninguém imagina o que aconteceu (com as duas máquinas fotográficas avariadas, as fotos terão de ficar para depois!).
Com pena de pôr todos os queques no lixo decidi "reciclar" e transformá-los nuns belos cakepops!!! Um sucesso...
Apesar dos contratempos, tudo se arranjou...
Em determinada altura da minha vida decidi mudar da cidade para o campo.
Adoro a cidade e portanto o campo sempre me fez alguma confusão: o não ter tudo perto (comércio e serviços), ter de me deslocar quilómetros para adquirir qualquer coisa comum, ter pouca escolha (cultura, desporto, escola,...), piorar as alergias!!!!
No entanto, ao longo dos últimos anos tenho aprendido a viver com as vantagens, que as há, de viver no campo: ter uma casa com jardim, estar perto da praia e da serra, ter silêncio, ter segurança...
Um dos pontos negativos a que tenho demorado a habituar-me é à presença de bichos. Dentro e fora de casa.
Primeiro aranhas (umas são quase tarântulas), bichos-de-conta, marias-cafés (não sei o nome certo!)...
Depois lagartixas e sapos (um dia, enquanto jardinava, agarrei um.... enorme... um nojo!!!!).
Anteontem, sabem o que estava junto à porta da cozinha, quando ía pousar os sacos das compras? Uma cobra.... Isso mesmo!!! Da espessura de um polegar e com uns dois palmos de comprimento. Quando nos sentiu chegar (eu chamei logo os meus filhos para verem!), desceu as escadas e escondeu-se nos arbustos... Há uns anos atrás teria ficado histérica. Desta vez, a vida continuou como se nada fosse e acabou por ser uma excitação para os meus filhos. Tudo muda!
Este livro:
E, o mais extraordinário tendo em conta que sou deveras básica quando se trata de apreciar livros ilustrados, adorei os desenhos do António Jorge Gonçalves que complementam maravilhosamente a história. Na verdade, acho que é primeira vez que leio um livro e não acho as ilustrações demasiado ruidosas e um entrave a que eu desfrute devidamente a leitura e me evada para dentro do livro. Sou o desgosto do meu marido, apreciadoríssimo de banda desenhada, que em tempos tentou iniciar-me nesse bas fond dando-me a ver o melhor da colecção dele mas rapidamente desistiu. Para mim, mais do que Corto Maltese é demasiado. Até ter pegado neste livro.