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Temos amigos "antigos" da escola, do liceu, da faculdade.
Temos amigos recentes.
Fazemos amigos no local de trabalho (no actual e nos anteriores).
Há amigos que vivem na casa do lado eamigos que vivem noutros países.
Arranjamos amigos temporários nas férias e amigos de ocasião em festas.
Muitas vezes ficamos amigos dos amigos.
Há amigos para beber uns copos e há amigos para desabafar.
Há uns com quem só rimos. Há outros com quem podemos chorar.
Temos os amigos do Facebook.
Temos os amigos que visitam a nossa casa. Uns muitas vezes e outros menos.
Há amigos com quem lidamos todos os dias e outros a quem só falamos no Natal e aniversários.
Há as mulheres e maridos dos amigos e amigas que se tornam nossos amigos também (ou não!).
Temos amigos muito parecidos connosco e temos amigos que são o nosso oposto.
Os melhores, sem dúvida, são os amigos para sempre!
Aceitam-se sugestões sobre o que fazer para ajudar a esquecer o recibo de vencimento de Fevereiro.
Agora que a Páscoa se avizinha, se precisarem de comprar ovos de chocolate é favor entrar em contacto com o imaginário do meu filho:
A minha sogra, antes ser sogra, já era minha amiga. Como as nossas áreas de trabalho são afins e partilhamos outros interesses extra-profissionais, já me tinha ajudado em várias situações, sempre com sabedoria, muito bom-senso e generosidade. Aconteceu várias vezes, em conversa com pessoas ligadas a uma causa por que ambas nos interessamos (eu, em pequena escala, para a minha sogra um segundo projecto de vida,) dizerem-me coisas como ''ah, é tua sogra? então não podias ter ninguém melhor para te ajudar a decidir o que fazer''. E é verdade.
Também na profissão, não tenho nenhuma dúvida de que é uma das melhores.
No papel de sogra e de avó, é de uma disponibilidade ilimitada. Nos próximos cinco meses, vai ser o nosso braço direito. O esquerdo também. Para ela, o mais importante é que a sua casa e a sua pessoa, sejam lugares de aconchego, de tranquilidade, de paz para quem deles precisar e está sempre disponível para acolher. E não falta quem lá se recolha. Eu, por exemplo, na noite pior da minha vida, depois de sair desnorteada de casa, de passar por vários sítios da cidade para confirmar que era mesmo verdade, de me sentir incapaz de dar o passo seguinte, de precisar de pensar para decidir o que fazer, quando o S. me perguntou para onde queria ir para tentar pensar e decidir, respondi ''para a casa da tua mãe''. Fomos, às três da manhã.
A minha sogra tem uma particularidade que nos faz rir: quando em alguns serões fica na nossa casa a tomar conta dos netos para os pais irem jantar, sair, cinema, o que for, nós chegamos a casa e encontramo-la a dormitar no sofá (com os miúdos a dormir há muito tempo) e quando entramos, sejam onze, meia-noite ou três da manhã (e se chegássemos às seis da manhã, diria o mesmo), abre os olhos e diz, invariavelmente, ''tão cedo? não precisavam de voltar tão cedo''.