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Já aqui falei de como odeio o Inverno.
Alegra-me pensar que já devemos ir a meio...
Em Dezembro tivemos o Natal para animar.
Em Janeiro tivemos mais uma hora de dia (lá diz o ditado "em Janeiro, uma hora por inteiro"). Embora pareça pouco, para mim já faz diferença. Até saí um dia do trabalho com óculos escuros, em vez de médios do carro ligados...
O mês de Fevereiro, felizmente é o mês mais pequeno... e tem o Carnaval! Assim sendo, deve passar depressa...
Venha Março...
Os meus filhos adoram brincar.
E por isso mesmo, há muitos brinquedos cá em casa.
Há de todos os tipos: bonecos, jogos, de criatividade, para o jardim, com rodas, de computador, etc...
Os brinquedos com mais sucesso, ou seja, com mais horas de uso são sem dúvidas, os Legos e os Playmobils. Adoram eles e adoro eu...
Mas sabem que mais, há um que ganha a estes todos: a BOLA...
Bola não, bolas!!!! Muitas. De todos os tipos.
A mais utilizada é a de futebol, claro! Mas também a de basket, as saltitonas, as de praia, a do ping-pong, dos matraquilhos, a do PES 2013...
Que doença... Estão sempre a perder-se e a estragar-se, mas compram-se sempre mais!
Qualquer altura serve para uns chutos na bola, desde que não esteja a chover... seja verão ou inverno, dia ou noite, muito ou pouco espaço, em casa ou na escola, sozinhos ou com amigos... e como a paixão é partilhada pelos dois (rapariga com 11 anos e rapaz com 7), basta um dar a ideia...
Eu até gosto e tenho alguma culpa nisto (deve estar nos genes pois joguei futebol na rua até aos meus 12 anos!!!!).
Acho que até é bastante saudável... Mas às vezes é demais...
A mais velha joga futsal. O mais novo só falta levar a bola para a cama. Ambos fazem uma semana de férias por ano no SLB (a jogar à bola!).
Às vezes até vamos todos ao estádio ver a nossa equipa favorita dar chutos na bola...
Hoje estivemos no sofá a ver a nossa Selecção... perder! Enfim...
O que é certo é que agrada a muitos, de todas as idades, em muitos países, em muitas culturas...
Quantos desportos se fazem com uma bola...
Que brinquedo tão simples e tão universal!!!!
Todos os dias oiço o trânsito na rádio.
Não porque precise... o rádio está ligado, em casa e no carro, e por isso oiço.
Que bom é ouvir que há filas por todo o país, algumas mesmo muito perto, e nenhuma delas me afectar.
Todos os dias demoro os mesmo 7/8 minutos a chegar à escola e mais 7/8 minutos a chegar ao meu local de trabalho.
E no fim do dia, mesmo em dias de actividades (escolhidas todas perto de casa), nada me demora mais que 10 minutos de caminho.
A minha opção de vir viver para o "campo" teve, para além de outras, esta vantagem. Tenho consciência que é uma grande vantagem.
O tempo é tão precioso que não perdê-lo em filas de trânsito é maravilhoso...
E esta aversão ao trânsito já vem de longe, mesmo quando vivia na capital... Primeiro arranjei trabalho e depois escolhi a casa... a 10 minutos a pé, do trabalho! Vivia sozinha. E, mesmo na cidade, assim vivi 3 anos com qualidade de vida: a pé para o trabalho, para as compras, para a dança e para as noitadas logo ali em baixo...
Sinto-me em falta pela ausência e sem conteúdo editorial interessante para passar…. As minhas amigas deviam merecer uma narrativa farta em novidades ou notícias tcharam!. Mas não há…Não tenho sumo de polpa para vos dar, apenas um chazinho tépido aguado e pálido. Tudo morno na rotina dos sete ofícios.
Fazendo um pouco de estatística, em 3 semanas tive a casa 2 vezes cheia de macacal, 1 por ocasião dos anos do F, outra porque quis muito ter por cá os meus adorados primos em família cigana; 2 idas ao cinema; 1 ida à Gullbenkian (ouvir o magistral coro e orquestra), 2 idas à ginástica (com faltas reprovadíssimas, mas o corpo rogou-me descanso), em compensação, 6 idas a pé Roma-Chiado a palmilhar a nossa matinal lisboa; 2 jantares de amigas; 1 jantar de amigo and...that’s all. Mas confesso-vos que a fadiga me roubou à normalidade porque me transformei numa múmia congelada com o frio e apeteceu-me loucamente emigrar. Desenvolvi entretanto uma vontade enorme de voltar a Roma, mas não será para já. Recordo com muita saudade os dias em família que lá passei, todos juntos em plena época de natal. Que bom que foi….Roma é linda e tem esta carga de memórias que faz com que seja obrigatório la voltar!
No meio destes pontos light de agenda, aconteceu que dei espaço à coabitação pacífica entre nós e uma colónia de peixes de água quente, sob os auspícios do meu filho F. Um límpido e iluminado aquário ocupado por barbatanas e escamas coloridas. Provisoriamente arrumado no quarto, urge transladá-lo para a sala onde não pairam os perigos da afronta aos ditames do fueng shui. Um peixanário daqueles junto à cama interfere energeticamente, e eu sou da crença que devemos orientar-nos sempre que possível pela harmonização suave. Anunciada a minha visão geo-estratégica, fui escorraçada, vaiada e gozada com escárnio. “A mãe é esquisita!” …. E pronto, tudo vai morno na minha vida. Agora também um aquário.
Em qualquer altura ou em qualquer idade das nossas vidas, somos obrigadas a tomar decisões que adiamos constantemente.
No entanto, chega uma altura na vida, que ela própria se encarrega a trocar-nos as voltas e quase que decide por nós. Nestes casos, aquilo que vem sido adiado...concretiza-se quase sem termos tempo para pensar.
E eis que estamos perante uma nova fase da vida, que nos obriga a mudar de rotina e adaptar-nos ao que tanto adiamos e temos medo.
Eu estou agora a começar uma nova etapa. Por circunstâncias várias, fui quase obrigada a tomar a decisão de a F (a minha irmã deficiênte psico-motora) começar a dormir na instituição onde apenas andava durante o dia. Agora dorme lá de 2f a 6f.
Pode parecer-vos muito simples, mas para quem vive há cerca de 7 anos apenas com ela, e a rotina é levantar antes das 6h da manhã, ajudar a vesti-la, lavá-la, arranjar o pequeno almoço, depois tratar de mim. Sair às 7:20h da manhã, trabalhar durante todo o dia. Chegar ao fim do dia, ir buscá-la, tomar banhos, fazer jantar...conseguir deitá-la...e finalmente ter uma ou duas horas para me atirar para o sofá e pensar em tudo ou em nada.´Não é fácil tratar de tudo sózinha.
Já algum tempo, chegada a uma fase de exaustão, com toda a gente a dizer "tens que tomar conta de ti, se quiseres continuar a ter força para tomar conta dela", o inevitável aconteceu...e começou nesta 2f.
Fácil, pensarão algumas pessoas. Duro, dificil, quase impossivel de descrever o turbilhão de sentimentos que vai dentro de nós...incapaz de descrever.
Agora é aprender a viver sem ela durante a semana, chegar a casa e sentir o silêncio de uma casa vazia. Entretanto, o pensamento "foge" sempre para o mesmo como estará a F? Estará a dormir bem? A comer bem? Como se sentirá? Será que pensa que a abandonei? Será que vai perdoar esta minha decisão?". É uma imensidão de questões que me assolam e me desgastam...
Este post...é um desabafo...mas sabe bem.
Muito mais tinha para dizer, mas não sai mais nada. Talvez noutra post, quando nesta nova etapa, a rotina se modificar e as coisas, os pensamentos e a ansiedade estiverem mais estabilizadas... por agora, chega.
Até breve
Desde 2009, o Servico de Saúde e Desenvolvimento Humano
da Fundação Calouste Gulbenkian apoia um projecto‑piloto
de cuidados paliativos domiciliários, no Planalto Mirandês,
em Trás‑os‑Montes.
De aldeia em aldeia, uma médica, enfermeiros e outros
profissionais de saúde ajudam dezenas de doentes, de várias
idades, condições sociais e circunstâncias familiares, a passar
o final de vida com o maior conforto possível, e a morrer,
acompanhados, em casa.
Este livro é o resultado de várias visitas, entre Junho e
Outubro de 2011, a esse projecto e a essas pessoas.
Um livro que tem esta introdução e, em vez de nos deixar a meditar sobre a tristeza da doença e da morte,
está impregnado de boa energia e de entusiasmo pela vida só pode ser belíssimo. Eu estou a achar.