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A notícia já foi dada há uns dias mas só hoje consegui dedicar-lhe algumas palavras.
Acredito que qualquer mãe, seja em Portugal, na Suécia, no Gana, ou na Conchichina, só quer o melhor para os seus filhos. Por isso não consigo imaginar o estado de desespero e de desânimo em que aquela mãe estaria mergulhada para tomar a decisão de tirar a vida aos seus dois filhos, de 12 e 13 anos.
Parece-me uma situação nos antípodas da que me encontro hoje em dia. Mesmo assim, tenho a perfeita noção de que a fronteira entre a sanidade e o desequilíbrio mentais é muito mais ténue do se possa imaginar.
É muito mau subscrever grande parte deste post?
Hoje fui à dermatologista e o meu post sobre cremes e maquilhagem desactualizou-se. A senhora reprovou veementemente a minha escolha de hidratantes e de base, tudo da Body Shop, e prescreveu-me coisas novas que estou cheia de vontade de experimentar.
A parte chata da consulta foi a proibição de correr durante uma data de dias para a costura da coisa que me tirou de uma perna não abrir. Eu, que já estava a recuperar de 10 dias de inacção motivada pela chuva torrencial, as doenças dos filhos e a minha própria gripe e que me deixaram muito em baixo de forma, vou ter que recomeçar tudo outra vez daqui a uma semana, que treta!
Sempre que visito um consultório de dermatologia lembro a piada que os médicos da família trocavam por alturas da escolha da especialidade sobre como a dermatologia é a escolha certa para quem quer trabalhar pouco e ganhar muito dinheiro. Será, mas têm que ver e mexer em cada coisa mais nojenta!
Os nossos primos devem ser uns grandes otários, em vez de uma escolha esperta vão para Medicina Interna e trabalham que nem mulas sem que o retorno financeiro compense, aos meus leigos olhos, o investimento de tempo e, sobretudo, de tempo familiar de que têm que prescindir. Mas dão cá um jeito nas alturas em os assuntos de saúde nos aflijem!
A profissão médica é socialmente hiper-valorizada e não é só no nosso país de parolos. Por exemplo, nos Estados Unidos, um país que de parolice provinciana não pode ser acusado, são-no mais ainda (e ganham proporcionalmente). Tenho amigos cuja sanha contra os ordenados dos médicos e a classe em geral me impressiona imenso. Por mim, a haver classes profissionais com ordenados elevados, que sejam precisamente os médicos. Um médico competente é, aos meus olhos, uma espécie de divindade em cujas mãos quero poder entregar-me incondicionalmente em caso de necessidade.
(vai continuar)