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Quem tem filhos a frequentar o 1º ciclo (primária) sabe que este é um assunto sempre na ordem do dia.
Há várias versões, diga-se teorias, sobre este assunto e todas têm adeptos fervorosos.
Há os que acham que os alunos devem ter TPC todos os dias ou várias vezes por semana.
Há os que acham que nos dias que correm não se devem mandar TPC, ou em última análise, apenas devem existir na 6ª feira.
Quando falo com alguém sobre este assunto, acaba muitas vezes em discussão.
É que eu, sou adepta da segunda "teoria" - não haver TPC e, felizmente assim o considera, a escola onde os meus filhos andam (uma já saiu!).
A escola tem muitos "procedimentos" diferentes dos quais eu estava habituada, por se tratar de uma escola com ensino "moderno"! E não haver TPC's durante a semana é um deles. Defendemque após as 17:30 (hora em que acabam as Actividades de Enriquecimento Curricular - AEC's) os alunos nestas idades já não têm grandes capacidades para trabalhar e, acima de tudo, precisam de brincar!!! Não esquecer que muitos alunos só chegam a casa perto da hora do jantar, ou porque os pais trabalham até tarde ou porque frequentam actividades fora da escola e, só depois do jantar podem fazer os TPC. A essa hora estão todos cansados e sem paciência.
Um dos argumentos de quem defende a primeira teoria - muitos TPC's - é prepará-los para o futuro, dando-lhes desde cedo hábitos de trabalho. Ora, a B. esteve 4 anos sem fazer TPC's e mal sabia o que isso significava. Foi para o 2º ciclo e, com cerca de 10 disciplinas, claro que tem TPC's quase todos os dias. Mesmo sem o hábito, e por iniciativa dela (só dela), depois do almoço (ou depois das actividades extra que tem na escola) vai até à Biblioteca e faz tudo o que lhe pediram nas aulas (sozinha ou com amigos), mesmo que não seja para o dia seguinte! Não quer ter trabalhos em atraso, diz ela. Sabem porquê? Para poder chegar a casa e ir brincar com o irmão!!!!
Outro argumento para a realização de TPC's é a interacção aluno/pais/escola. Acham que no fim de um dia de escola e de trabalho, se promove a interacção com TPC's? Já para não falar das "lutas" entre o método como nós aprendemos e como eles aprendem e de muitos pais "impingirem" a sua maneira, deixando os filhos cheios de "stress".
Sempre achei que a escola devia ensinar muito mais que letras e números e estou satisfeita com aquela que escolhi para os meus filhos. Mais satisfeita ainda com os professores que lhes têm calhado na "rifa". Não é uma escola perfeita, claro! É uma escola pública que não tem como objectivo atingir o topo dos "rankings" mas sim contribuir para formar crianças felizes...
Sobre este assunto haveria mais para dizer, mas hoje fico por aqui!
Parece que a minha amiga Kika foi ver o Amor no mesmo dia que eu e já partilhou nesta sede as suas impressões. Agora sou eu.
Nos tempos que correm, as oportunidades de desfrutar um filme no escurinho do cinema são escassas mas ,quando no fim de semana despertei para o facto de este filme estar prestes a sair de cena sem eu o ter visto, arregimentei (sem dificuldade nenhuma) a minha sogra para ficar com os seus lindos netos ao serão, deixámo-los banhados, jantados e pijamados e, deixando a avó a braços com dois infantes em brincadeiras histéricas, alámos para o cinema, eu e o meu esposo. Assistimos ao filme e:
- Sem nenhuma sombra de nenhuma espécie de dúvida, o filme melhor e mais perturbador que vi em muito, muito tempo. Um tormento.
- Os melhores e mais valentes actores que me foi dado ver desde que me lembro. Diante de tanta arte e de tanta coragem, não sobra nada para dizer.
- Como se consegue executar uma obra tão perfeita com recursos tão parcos, pergunto-me. 95% do filme acontece dentro de uma casa com os mesmos dois actores, não há uma palavra a mais, uma expressão, um esgar deslocado, uma redundância, nada, nada fora do sítio.
- A sensação já muitas vezes tida de que a ficção copia muito fielmente a realidade.
- Comparados com filmes como este, 95% do resto do cinema que por aí se vê é ... outra coisa, não pertence à mesma galáxia que este filme.
- O título, perfeito.
- O filme acabou e eu com a sensação de não ter respirado uma única vez desde o início. Tinhamos ao lado uma senhora a ... comer sopa.
- Lembrei-me de uma notícia que há uns anos passou nos media sobre um senhor de idade que, num bairro de casas pequeninas que há no Restelo, matou a mulher acamada, cortou os próprios pulsos e a seguir foi para a rua tentar atirar-se para baixo de um autocarro. Alguém se lembra deste caso?