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Há 15 anos que iniciei o meu ciclo de maternidade que encerraria 6 anos depois com o último nascimento. Completava-se então o meu trio que era a meta que eu sempre traçara. Mas naquele momento de derradeiro “FIM” como nos filmes, fui invadida pela nostalgia de quem não mais iria repetir a façanha de dar à luz. E, por mais que observe agora como é fantástico ter os meus filhos já autónomos e inteiros, não me livro de uma estranha intuição, algo esotérica, de que ainda vou ganir à maluca e em coro com uma cigana – essa raça reprodutora de fibra! - numa maternidade meio deserta sem epidural.
Como será ser mãe aos 40? Será que o aumento da idade é inversamente proporcional ao nível emissão de ruído vocal?...Esta consequência é uma bênção para qualquer lar que clama por tranquilidade, mas nesse domínio há uma perda da nossa latinidade…e eu por mais que racionalize e hiperventile evitando atropelar-me em sonoridades descontroladas para que alguém nesta casa me oiça, bolas!!!, não sou capaz e dou vida ao mercado do bulhão.
Nop…não acredito que no meu caso imperasse a serenidade caucionada pelos 40.
A ver em cenas dos próximos capítulos.
Mas quero aproveitar o folego deste texto para celebrar o aniversário do meu filho varão e a maternidade, transcrevendo umas palavras anónimas, cheias de ternura:
“Há muitas maneiras de ter filhos: na barriga, no coração… Mãe, grávida no coração?? O coração não tem filhos! Tem filhos sim, e foi lá que tu nasceste, é lá que estás a crescer e é onde vais ficar. Para qualquer lado aonde vá, levo-te sempre no meu coração.”