Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Manhã de 25 em casa a começar a uma hora obscena, tendo em conta o recolher tardio da véspera. Extraordinariamente, o pacote de leite estava vazio e amarfanhado. O Pai Natal devia ter tido sede. E fome também, a avaliar pelo migalhal que deixou no chão da nossa sala, deve ser um grande javardo a comer. Mas o que interessa, claro, é que acertou em cheio nos desejos formulados pelo A. na carta que lhe enviou da escola. Desejos não, desejo. O meu filho de 5 anos nunca pede absolutamente nada e a carta dele ao Pai Natal tinha um pedido só (de que a educadora me avisou por email). É sempre tão modesto nos desejos materiais que, quando manifesta algum, faço os possíveis por o concretizar na primeira oportunidade em que venha a propósito. E ele nem queria acreditar quando, além do pedido dirigido ao Pai Natal, encontrou na árvore o DVD que lhe tinha despertado tanto interesse há um mês ou dois atrás. Só dizia ''não posso acreditar! não posso acreditar que o Pai Natal soube que eu queria o DVD da Annie!''. Havia outras coisas no sopé da árvore de Natal mas os hits absolutos foram os que se seguem:
Note-se que, quando se lhe pressiona o coração, o peluche do Barney entoa o hit internacionalmente conhecido ''I love you''. O meu pequenito arrasta-o para todo o lado. O crescido dorme abraçado ao pássaro zangado.
O esposo também pareceu deveras satisfeito com o que lhe calhou, estores da IKEA para o escritório, dois livros que há muito desejava e um que ambos desejávamos há pouco tempo e cuja compra constituiu o nosso pequeno acto subversivo deste Natal, o livro do homem do escroto de aço (diz Ricardo Araújo Pereira no Governo Sombra):
Eu cá também fiquei muito contente com os meus presentes. Não costumo ser lá muito surpreendida com os presentes caseiros mas desta vez fui e muito. O Pai Natal trouxe-me este livro belíssimo:
Ao fim da manhã, mais ou menos afastados para os lados os papéis estraçalhados dos embrulhos, fiz um bolo de chocolate na Bimby e zarpei com o A. para a casa onde a reunião familiar maior ia decorrer. Almoço, lanche e jantar para uma família com mais de setenta exigem uns pares de mãos adicionais antes, durante e depois da festa. O pequenino ficou com o pai a dormir uma matinal sesta e foram lá ter.
Mega festa, como sempre. Não muito diferente de várias outras que temos durante o ano, para dizer a verdade não temos falta de giga reuniões familiares. A assinalar, mais uma vez, a minha alarvidade, os dois primos de um lado para o outro com os capacetes de astronauta já a parecerem uns penicos gigantes, a murmurarem coisas como ''vamos invadir, vamos invadir'', os mais velhos da família todos contentes e todos cá, if you know what I mean.