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Hoje o meu filho de 5 anos foi com a escola ao teatro. À conta disso, ontem à noite teve um ataque de nervos com a forma de um montão de queixas ''estou cheio de arrepios'', ''dói-me a cabeça, doem-me os joelhos, dói-me o corpo todo'', ''estou enjoado'', ''quero uma manta, não me consigo levantar do sofá''. Como ele estava super-ranhoso e os colegas de turma também, pensei que poderia ser uma virose a aterrar cá em casa e mentalizei-me para o que aí viria. Mas ele dormiu tão profundamente, sem vestígios de febre nem queixumes, que comecei a pensar se não haveria qualquer receio inconfessado a perturbá-lo. Esta manhã, quando a ladaínha recomeçou, sentei-me à frente dele enquanto fazia cocó (ele), que é sempre o nosso momento ''confessionário'', e perguntei-lhe se havia alguma coisa a assustá-lo. Sim, havia (claro). ''Não quero ir ao teatro, tenho medo do Assim e do Assado''. Não foi difícil convencê-lo de que não havia razão para medo dos dois inofensivos personagens contra a promessa de que o iria buscar à escola um bocadinho mais cedo para fazermos juntos o presente de anos que vai dar ao irmão.
Lá cumpri o prometido, fui buscá-lo cedo, tinha adorado o tetaro. Gostou tanto que a educadora, uma querida, nos emprestou o CD da peça para ouvirmos em casa. É isso que estamos a fazer, com ele tão concentrado que nem consegue recortar a coroa do irmão. Há bocado pedi-lhe que se sentasse no meu colo para ouvrimos o disco no sofá e levei, de resposta, com ''não me apetece, desculpa, não é confortável''. Oi?
Descobri aqui. Eu também tenho a mania que conheço e nem sonhava a existência desta canção.
E eu acho que é vintage.