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De acordo com a minha experiência, a generalidade das pessoas, na maior parte dos sítios, é muito simpática. No fim de semana vivi uma situação que, como milhares de outras, confirma a minha teoria de que quase todas as pessoas se esforçam por ajudar.
Manhã de sábado, sózinha em casa com os dois filhos já a ficarem implicativos e a precisarem de arejar. Enfiei-os no carro e encaminhá-mo-nos para ... a recolha dos autocarros por onde costumamos passar nos nossos itinerários to and fro. Sabem o que é a ''recolha''? Na nossa zona, os autocarros que estão fora de serviço dizem ''recolha'' e nós chamamos recolha ao enorme parque onde os vemos estacionados. Lá fomos tentar a nossa sorte para visitar a recolha. Parei o carro junto ao portão e dirigi-me à vigilante que estava à entrada. Expliquei-lhe que tinha no carro dois fanáticos por autocarros e pedi-lhe se podíamos entrar por um minutinho, ficando ali ao pé do portão, claro, só para eles verem autocarros em quantidade ali mesmo ao pé. A menina hesitou, comentou que tinha instruções para não deixar ninguém entrar, hesitou outra vez e ... chamou um mecânico que ía a passar ao volante de um autocarro recém-reparado, sussurrou-lhe qualquer coisa, o homem chamou-nos e tivemos direito a uma visita guiada a toda a área da recolha, dentro de um autocarro só para nós, com um guia a preceito a dar explicações como ''ali estão os articulados'', ''esta recolha leva 280 autocarros'', ali são as oficinas'' (com autocarros em cima daqueles elevadores que permitem vê-los por baixo, o êxtase) e, o auge, ''aquele é o autocarro que há 1 ano explodiu ao pé do Norteshopping'', uma história intensamente vivida pelo mais velho quando aconteceu. Demos para aí umas 5 voltas ao recinto, voltámos ao carro depois de nos desfazermos em agradecimentos, e os meus filhos ficaram com o fim de semana ganho e eu com fama de arranjar programas espectaculares. Que, modéstia à parte, neste caso foi. A custo zero, o que não é irrelevante de todo.
Não imagino uma cena destas, com uma violação tão descarada das normas do sítio, num país anglo-saxónico e vocês? Eu gosto mais de como é cá.
Olá meninas...isto para mim é novidade. Não sei se estou a fazer isto bem. Não percebo mesmo nada destas coisas.
Por aqui no "convento" estamos em mudanças, por causa de obras! Fomos metidos no sotão do convento, onde chove e cheira a mofo!
Vão ser umas belas duas semanas.
Teira
Sou, desde há uns dias, a excitada proprietária de uma Bimby. Que ainda só usei para fazer um sorvete ma-ra-vi-lho-so mas que tenciono usar, usar e usar. Por exemplo, se alguém decidir vir passar o seu aniversário cá a casa, faço lá o jantar todo.
A ideia de adquirir a coisa começou a germinar depois de uma prima não especialmente devotada à cozinha ter comprado e ter transformado a sua casa num 3* Michelin. Depois foi a minha irmã a deixar de circular entre a casa dela e a dos nossos pais com as tupperwares recheadas a tiracolo. Desde que comprou a Bimby, as tupperwares continuam a circular mas em sentido contrário, é ela a levar os pitéus para a casa dos pais (!!).
E assim resolvi que também tinha que ter uma. Como achei o preço escandaloso, tipo suficiente para uma semana em família (de 4) em Marraquexe, pus-me à procura nos sites de vendas de coisas em 2ª mão e, depois de algumas tentativas frustradas, lá me acertei com uma senhora por um preço que me pareceu bem razoável e uma máquina em perfeito estado. A senhora pediu-me que, se possível, lhe pagasse em dinheiro, o que me pareceu perfeitamente razoável, deu-me a morada e lá me larguei eu com umas centenas de euros na carteira para uma terra a meia-hora daqui para ver a Bimby e, eventualmente, fechar negócio.
Só que …
Pronto, vou acabar o post aqui.
não vou nada parar.
Bem, lá encontrei a morada que a senhora me tinha dado e estava a preparar-me para sair do carro e tocar à porta quando entrei em modo filme de acção. Era uma moradia isoladíssima, numa zona rural, sem outras casas por perto. Eu levava na carteira a tal quantia em cash e a senhora sabia disso. A possibilidade de negócio tinha-se concretizado tão rapidamente que nem tinha tido tempo de comentar com ninguém onde ía. E pus-me a pensar: o que é que eu estou a fazer aqui? E se isto é esquema para me roubarem o dinheiro, me amarrarem e me darem com um pau (juro que estava fixada nesta imagem de me baterem com um pau)? Ninguém sabe onde estou! Lá dentro pode estar uma quadrilha à minha espera! E o que fiz? Fui esperta. Liguei à pessoa a quem ligo sempre que preciso de socorro, resumi-lhe a cena e disse: ‘’liga-me daqui a 10 minutos, se eu não atender ou se estiver com uma voz esquisita, liga para … para … (para quem? Para a judiciária?) … olha, liga para o S. (que é o meu marido) e ele fará o que achar melhor.
Lá toquei à porta, já a sentir-me seguríssima de mim, e afinal … era uma jovem família muito simpática, com duas crianças amorosas, que me recebeu com a maior simpatia e com quem fechei o negócio. Esqueci-me completamente do cenário que tinha imaginado até o telemóvel tocar e ouvir a voz da C. a perguntar com alguma ansiedade se estava tudo bem. Senti-me hiper-mega-ridícula.
O que interessa é que a Bimby veio comigo e ontem à noite já a pus a bombar. Literalmente a bombar que aquilo para fazer gelado faz uma barulheira que parece uma betoneira dentro de casa.
De maneiras que é assim. Que interesse é que esta história tem? Ora, absolutamente nenhum mas eu andava fisgada em contá-la. E já contei, prontos.