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A cabecinha tão racional que às vezes até faz impressão do António, tão pouco dada a fantasias, sempre a funcionar com tanta intensidade que às vezes tenho medo que deite fumo, ainda assim larga destas:
No Aqueduto das Águas Livres, quando lhes contei que antigamente aquela era uma passagem para se chegar a Lisboa vindo das quintas do outro lado e que havia um bandido, Diogo Alves, que assaltava as pessoas lá em cima (escusei-me de lhes contar que atirava as vítimas dali para baixo) mas acabou por ser preso, perguntou
''E quando a pollícia o apanhou, ele chorou?''
Noutro dia à noite, no momento meditabundo que antecede o de adormecer:
''Mãe.. Mãe...''
''Diz.''
''Achas que alguma vez na vida vou ver um Bugatti Veyron?''
Na sequência de uma festa da escola em que a turminha dele levou à cena uma peça de teatro da autoria deles em que todos deram o máximo e cujo resultado os deixou felicíssimos, nos dias seguintes à encenação os miúdos andavam todos meios ressacados com saudades dos ensaios e da agitação das semanas anteriores. Vai daí, alguém deu a ideia de voltarem a exibir a peça só para eles e para as famílias que quisessem voltar a assistir. Quando estavam a discutir qual seria o sítio adequado para isso, um sítio agradável, com espaço suficiente para montarem um palco e agradável para se fazer um piquenique, o António disponibilizou a casa da prima Clarinha, aos olhos dele e nossos o mais esplendoroso dos palácios. O entusiasmo com que a oferta foi feita tal que a educadora me telefonou para marcarmos a data em que a a dita prima acolheria e forneceria lanche a 15 e famílias, que para o menino não é só a casa mas também os petiscos que lá se apresentam são do melhor que ele tem para oferecer aos amigos. Como nós, enfim.
Só mais esta que brotou da boca do primo Afonso, fanático por futebol:
''Mãe, o que é que eu faço de o Real Madrid me vier buscar?''