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Olha, olha um blog novo e deveras promissor:
Frequentemente perguntam-me qual foi a pessoa que mais gostei de entrevistar. Se foi um privilégio entrevistar o Plácido Domingo, por exemplo. Gostaria de citar o cirurgião plástico Ivo Pitanguy para responder a essa questão. “Algumas me decepcionaram, outras me enriqueceram, tudo isso faz parte da vida. Umas foram pacientes, outras foram amigas, outras foram circunstanciais... Mas estou sempre preparado para encontrar outra pessoa.”
Pitanguy, como é sabido, operou “todo o mundo”. Mas disse-me que num momento de vulnerabilidade, não importa que a Clarice seja a Clarice Lispector. “Essas pessoas que você diz que poderiam ser importantes, quando estão dependendo, elas são tão dependentes quanto qualquer outra.” Todo mundo é, por instantes, um menino perdido numa noite escura. O importante é manter essa disponibilidade para o encontro. Com curiosidade. Sem preconceitos, sem juízos. Todos temos zonas de sombra e de glória. E estima e admiração não são sinónimos.