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E tantos, tantos anos depois de os ter lido pela primeira vez, falam de temas tão actuais que podiam sido escritos hoje. Infelizmente.
Acabei no fim-de-semana o livro com o nome deste post, da sueca Camilla Lackberg. Mais um que cumpre a função: policial empolgante, decentemente escrito, impossível parar depois de começar, como todos os que li desta autora (acho que todos os que há em português). Li na cama, no autocarro, ao pequeno-almoço, depois do banho ainda enrolada na toalha, enquanto pedalava na minha nova bicicleta fixa. Não é literatura de gabarito mas eu adoro policiais que se desenrolam à velocidade vertiginosa deste. O único senão que lhe encontro, a este e a vários outros da autora, é a concentração extrema de histórias de violência sobre crianças que, como os livros são bem escritos, deixam os leitores com o coração do tamanho de uma avelã e, em vários momentos, fazem interromper a leitura ante o horror das descrições. As descrições de paisagens que desconheço, da Suécia balnear, acrescentam um atractivo adicional.
Aviei o livro num ápice, consolada.
Depois de vários meses à procura deste livro em feiras, mercados de livros, no OLX, online, sem sucesso, comentei com o mariduncho que muito me arrependia de em tempos ter oferecido o meu exemplar a um amigo e ele, a achar que eu estava a gozar:
- Hã?! Mas o livro está ali na estante!
E estava. De facto, há alguns anos dei o meu a um amigo e comprei outro para mim logo depois. Mas esqueci-me completamente desse pormenor e, como o livro estava fora da ordem alfabética, não dei com ele. Que fixe tê-lo reencontrado cá em casa. Nas lojas não me safava porque a editora Gótica faliu e cadê exemplares à venda? Nadinha de nada, em parte nenhuma. Incompreensível a gestão das editoras, distribuidoras e todas as partes envolvidas na comercialização de livros, que deixa desaparecer do mapa livros extraordinários como este. Um livro excelente para oferecer a leitores jovens. E a não jovens, a todos.